sexta-feira, junho 30, 2006

Mercy, Mercy Me

"Whoa, oh mercy mercy me
Oh, things ain't what they used to be, no no
Where did all the blue skies go?
Poison is the wind that blows
From the north and south and east
Oh mercy mercy me
Oh, things ain't what they used to be, no no
Oil wasted on the oceans and our seas
Ah, fish full of mercury
Ah-ha, ah mercy mercy me
Oh, things ain't what they used to be, no no
Radiation underground and in the sky
Animals and birds who live nearby all die
Whoa mercy mercy me
Oh, things ain't what they used to be
What about this overcrowded land
How much more abuse from man can she stand"
Tradução

Aproveitando que agora só falta uma prova e rezar para ter passado em outra cadeira sem G2, voltei a passar em alguns blogs que faz algum tempo que não ia. Um deles é o Musecology. Para minha surpresa já estava desponível para download o lado b do novo single do Strokes, ''You only live once'', que é nada mais nada menos do que a cover do Marvin gaye em parceria com o Eddie Vedder nos vocais e na bateria o Josh Homme.

Baixei na hora e achei legal. Mas sou extremamente suspeita! Eddie, Josh e Strokes juntos poderiam fazer uma música falando sobre uma espinha inflamada ou uma versão da Xuxa só apra baixinhos 1456 que eu não ia me importar. Quem quiser é só entrar no site ou me pede que eu mando! Mas já aviso que se você não gostou do First Impressions of Earth tem menos chances ainda de gostar da Mercy, Mercy Me.

No site também tinha a versão para a fofíssima Is This It, música que abre o primeiro disco do Strokes, feita por uma banda chamada Royal City. Devo dizer que tenho um pé atrás com versões de músicas. Posso contar nos dedos as covers que eu acho legais. E isso rende mais uma listinha hehehe:

Top 8 melhores covers
8) The Secret Machines: "Temptation" - cover de New order
7) The White Stripes: "I just don't know what to do with myself" - cover de Burt Bacharach
6) The Sundays: "Wild horses" - cover Rolling Stones
5) Soul Asylum: "Summer of drugs" - cover de Victoria Williams
4) The Cure: "Young Americans" - cover de David Bowie
3) Siouxsie and the Banshees: "Dear Prudence" - cover de The Beatles
2) Johnny Cash: "Hurt" - cover de Nine Inch Nails
1) Smashing Pumpkins: "Never let me down again" - cover de Depeche Mode

********

Acho que era isso. Recado para os ouvintes do Congestão: agora estamos de férias, vamos descansar nossas cordas vocais mas no próximo semestre a gente votla se tudo der certo, com alguns desfalques, mas notícias tristes dou outra hora.

*********

A propósito, viu só, quem já tinha discutido sobre o Stadium Arcadium do Red Hot comigo sabia que eu achava nada a ver a história que Dani California é plágio de Mary Jane's last dance. O próprio Tom Petty confirmou que não pretende processar o RHCP porque apesar de algumas coisas parecidas não é possível acreditar que eles tenham feito intencionalmente uma cópia. E ele ainda disse que no rock n' roll isso é comum: "Eu seriamente dúvido que houve alguma intenção negativa ali. E muitas músicas rock n' roll soam dessa forma. Pergunte ao Chuck Berry. Os Strokes pegaram American Girl (para a música Last Nite), e eu vi em uma entrevista com eles que eles admitiam isso. Isso me fez rir bastante. Eu pensei tipo 'Ok, bom pra você'. Se alguém pegasse maldosamente uma canção minha, nota por nota então talvez eu processasse. Mas não acredito muito em processos. Eu acho que já há bastante processos frívolos neste país sem que as pessoas briguem por canções pop."

É isso aí Tom Petty (por isso que depois do Bowie, ele é o meu cantor favorito)! Deixa os processos para as celebridades que brigam contra as mentiras e fofocas dos tablóides. E que assim seja. Pra mim a única cópia de Dani Califórina em relação a Mary Jane's last dance é ter posto o nome de uma mulher no título hehehe. Vou ficando por aqui!

I guess I'll see you later...

quarta-feira, junho 28, 2006

Fidelity

“I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost, in the sounds.
I hear in my mind
All of these voices
I hear in my mind
All of these words
I hear in my mind
All of this music
And it breaks my heart
Suppose I never ever met you
Suppose we'd never fell in love,
Suppose I never ever let you,
Kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose you never ever called
Suppose I kept on singing loves songs,
just to break my own fall
Just to break my fall
All my friends say that of course its
Gonna get better, gonna get better
BetterI never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost, in the sounds.
I hear in my mind
All of these voices
I hear in my mind
All of these words
I hear in my mind
All of this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost, in the sounds.
I hear in my mind
All of these voices
I hear in my mind
All of these words
I hear in my mind
All of this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
breaks my heart
Breaks my heart”


Tradução


Só faltam mais duas provas! E a auto-escola! Depois eu estou livre! Vou poder só me dedicar a ler, ouvir música e escrever! Essa semana para não deixar meus leitores fiéis (até parece) na mão resolvi preparar mais uma listinha.

A bola da vez (e não se trata de Copa do mundo) é os meus 8 discos lançados em 2006 prediletos. Já passamos na metade do ano então já dá para ter uma idéia do que ainda pode vir por aí. Alem disso darei uma medalha de honra para aquele disco que estou esperando ansiosamente e que até o final do ano também entra na minha lista de favoritos. Here we go...

Top 8 cds de 2006:

8) The Zutons: Tired of Hanging Around – Essa banda é muito legal. As músicas são uma msitura de alegria com melancolia. Algumas até parecem aquelas canções de bailes anos 60. E tem uma saxofonista, coisa difícil de encontrar nas bandas de hoje em dia.
Escute: Valerie

7) Eagles of Death Metal: Death By Sexy- no ano passado Songs to Paralize do Queens of the Stone Age tinha sido um dos meus discos favoritos. Já o Eagles of Death Metal é a banda paralela do Josh Homme (genial esse cara. Tão legal quanto seu amigo Dave Grohl). Só que dessa vez ele está no comando das baquetas. O vocalista é muito engraçado, até parece o policial do Village People. E não se preocupem, de Death Metal só tem o nome. Mas as musicas realmente tem melodias muito sexys!
Escute: I like to move in the night

6) The Racounters: Broken Boy Soldiers- outro projeto paralelo. Dessa vez do meu querido Jack White com o cantor Brendan Besson (que também é legal). O que tinha tudo para ser apenas a banda do Jack White acabou se tornando um projeto completo onde cada um dos músicos faz seu papel bem feito e como uma unidade funciona maravilhosamente bem. Eu não posso ouvir Steady, as she goes que me dá vontade de sair dançando no compasso da bateria.
Escute: Steady, as she goes

5) Richard Ashcroft: Keys to the World- ai como eu amo Mr. Ashcroft. Não me importa se ele sai por ai caindo de bêbado, o cara é genial. E devo dizer, desculpe os fã de The Verve, mas a carreira solo dele é muuuuuiiiitoooo superior. Dessa vez ele foi mais ousado ao adicionar novos elementos em suas melodias que não apareciam em seus dois álbuns anteriores (mas que também são magníficos, especialmente o segundo).
Escute: Why not nothing?

4) The Strokes: First Impressions of Earth- este é o albúm da discórdia. Alguns fãs da banda queriam que eles ficassem para sempre presos na fórmula de Last Nite. Mas banda boa mesmo não vive de passado, isso eles deixam para os museus. FIOE é bem diferente dos anteriores mas nem por isso é ruim, na verdade é muito bom justamente por isso, dá pra ver um lado dos Strokes que ninguém conhecia, mostrando que podem ser uma banda alem do visual.
Escute: Heart in a Cage

3) Pearl Jam: Pearl Jam- essa descrição ai ser bem curta (eu acho). Letras maravilhosa, melodias perfeitas, Eddie Vedder cantando como nunca e ainda alfinetando o Presidente Bush. É isso ai, meu álbum predileto desde o lançamento de Yield (que da discografia inteira é o que mais gosto).
Escute: World Wide Suicide

2) Regina Spektor: Begin To Hope- como eu já havia falado nessa cantora russa criada em Nova York, a conheci graças ao Strokes e mais uma vez devo muito a Casablancas e trupe. Este álbum é o que há. Ela canta como poucas cantoras na atualidade, não se imporá se para emitir determinado som com sua voz tem que parecer feia e fazer careta. O negocia da Regina é música de qualidade e ponto final. E mesmo se ela não cantasse e escrevesse tão bem, só as melodias que ela tira do piano já valeriam a pena.
Escute: Apres Moi

1) Dirty Pretty Things: Waterloo to Anywhere- a banda do Carl Barât. Isso já era suficiente para mim. Mas quem ouve o álbum sabe porque ele merece uma canção com seu nome feita pelo The Charlatans - Hard to be you (song for Carl) - . Durante toda a trajetória do Libertines o Carl era visto como o amigo do problemático e talentoso Pete Doherty. Cheios de problemas o Pete é mesmo, mas quanto ao talento, compare o disco do Babyshambles (dava pra dar uma nota 5 com muita bondade) e o do DPT e veja quem realmente fazia o Libertines andar. Sem contar que as estruturas dos instrumentos nas músicas são muito superiores aos da banda de Doherty porque conta com pessoas competentes, que fazem música porque sabem e gostam e não apenas para aparecer. Viva Gary Powell (baterista que também era dos Libs), Didz Hammond (baixista que era de uma banda muito boa chamada Cooper Temple Clause), Anthony Rossomando (guitarrista, que já havia substituído o Pete quando ele saiu do Libertines) e é claro três vivas a Carl Barat, grande guitarrista, grande compositor, gente fina e é claro, muito lindo hehehe.
Escute: Gin and Milk

Medalha de honra ao mérito: mal consigo esperar que sai de uma vez o disco novo do Razorlight. A banda de Johnny Borruel é a minha predileta destas da nova geração ano 2000 (claro que tirando The Strokes, White Stripes e Libertines da lista porque estes são our concour, sei lá como se escreve isso). Não consigo parar de ouvir o primeiro single do disco, In The Morning. Johnny é outro que entra na minha lista de mais talentosos dos novos músicos.

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A letra escolhida para este post é da Regina porque fazia tempo que queria por uma letra dela que não fosse da música com o The Strokes. O difícil foi escolher porque todas as letras são lindas e poéticas. A propósito, é só clicar nas capas de cds que vocês vão ver as imagens originais, sem distorção.

I guess I’ll see you later...

terça-feira, junho 20, 2006

How about tellin' a story

"Well how’s about tellin’ a story
One that’s really about somebody
What they saw and what they did
How they died and how they lived
But by the time I found a name I moved onto another game
Called write a song about toes and spines, it's god damn
Now I can’t think of any story lines
But you know I’d love to try and sing about a person, place, or thing
Mount Sinnai and the Wolfman, Katmandu, and Honest Abe
Something happens up in Tucson and then it happens again in Maine
San Francisco, sweet thing, ladeedada da..na na!"



Tradução

Atendendo a pedidos resolvi publicar um texto que escrevi para a cadeira de Produção de Jornal. O princípio do trabalho era ler um livro e transformar a história em uma matéria. Particularmente eu acho que ficou muito ruim. preferi bem mais o perfil do Santiago, do livro O Velho e o Mar que eu tinha feito apra a cadeira de Redação no ano passado. Até cheguei a publicar no meu blog antigo.

Como o professor tinha dado uma lista de livros que a gente poderia usar eu peguei um de um autor que eu já conehcia, inclusive tinha lido algumas obras dele durante as férias de verão. O nome desse escritor francês é Georges Simenon, e eu recomendo.

Assim como Agatha Christie tinha Hercule Poirot e Miss Mapple, Arthur Conan Doyle tinha Sherlock Holmes e Simenon tem um Comissário da Polícia de Paris chamado Jules Maigret. Então fiquem com o meu texto inspirado na história do livro A Velha Senhora.

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As jóias da discórdia são descobertas
Herança provoca dois assassinatos em pequena cidade no litoral

A solução para o crime que chocou o pequeno balneário de Étretat veio de Paris. O Comissário da Polícia parisiense, Jules Maigret foi o responsável por esclarecer o assassinato que até então parecia um equivoco que custou à vida da jovem empregada Rose Trochu. O caso foi desvendado as custas de mais uma vida, a do irmão de Rose, Henry Trochu.

Aquele 3 de setembro tinha tudo para ser apenas mais um dia qualquer de verão. Por volta das 22 horas, gritos e gemidos tomaram conta da casa da tradicional família Besson. Em pouco tempo o barulho cessaria e o cheiro de morte ficaria no ar. Tudo o que foi preciso para tirar a vida de Rose foi um copo com remédio e arsênico que a princípio seria destinado a sua patroa, Valentine Besson. Após dias coletando depoimentos, Maigret descobriu o que até então era inimaginável. A empregada havia sido assassinada pela própria patroa.

Ferdinand Besson trabalhava no ramo de cosméticos. Com o sucesso de seu creme Juva conseguiu construir uma fortuna que garantiu a sua mulher e três filhos uma vida repleta de luxos, mas a forma desregrada com a qual o empresário gastava seu dinheiro fez com que este fosse acabando. Após sua morte, seus dois filhos, Théo e Charles, a viúva Valentine e a enteada Arlete tiveram que aprender a viver apenas com o básico, um desafio para pessoas que estavam acostumadas com tantas regalias.

Com o tempo os filhos acabaram deixando a pequena casa que a família havia conservado em Étretat. O que muitos não sabiam era que a viúva mantinha as jóias raras que seu marido havia lhe dado ainda quando os negócios eram prósperos. O Comissário Maigret começou a desconfiar da velha senhora em razão de suas freqüentes discussões com o enteado Théo e até mesmo com a própria filha, Arlete.

Valentine pensava que a verdade sobre as jóias estava muito bem guardada até perceber a desconfiança de seu enteado. A viúva se sentiu realmente ameaçada ao descobrir que sua serviçal estava mantendo relações mais intimas com Théo. Influenciada pelo jovem a empregada conseguiu roubar um anel de esmeraldas de sua patroa, que serviria de prova da existência das jóias. Levada pela cobiça, com medo de ter que dividir sua pequena fortuna com o filho mais velho de seu marido, Valentine resolveu acabar com a vida de Rose. Aproveitando-se do fato que a jovem era hipocondríaca e também que naquele dia a casa estava cheia já que era seu aniversário, Valentine deixou de tomar seu remédio para dormir, dando a desculpa de que este estava muito amargo. A curiosidade fez com que Rose ingerisse o remédio que havia sido batizado com arsênico.

A fim de acabar com todas as testemunhas da existência das jóias, Valentine ligou para o enteado, e marcou um encontro a noite em sua casa. A velha senhora apenas não contava com a desconfiança de Théo Besson. Pressentindo a armadilha preparada pela madrasta, Théo convenceu o irmão mais velho de Rose, Henry Trochu, de que sua madrasta era a responsável pela morte da irmã. Consumido pela raiva, Henry tentou invadir a casa dos Besson. Presumindo que quem havia chego era na verdade seu enteado, Valentine atirou com a arma de seu marido contra a porta. Depois do tiro, o único barulho que se ouviu foi à queda do corpo do primogênito da família Trochu.

Apesar das perdas irreversíveis, ficou clara a competência do Comissário Jules Maigret, conhecido em todo o país por suas soluções infalíveis até para os crimes que parecem perfeitos. O desfecho para essa história chocou toda a cidade, ainda é muito difícil acreditar que a vida de dois jovens terminou tão depressa quanto as férias de verão.

*********

Não posso esquecer de falar na música lá de cima. É de um músico chamado Devendra Banhart. E só para título de curiosidade: quando ele começa a citar possíveis enredos de história (Mount Sinnai and the Wolfman, Katmandu, and Honest Abe) o "Abe Honesto" em questão é um apelido usado para designar o ex-presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln. Viu só, April Fool também é cultura hehehe.

I guess I'll see you later...

domingo, junho 18, 2006

Slow Emotion Replay

"The more I see
The less I know
About all the things
I thought were wrong or right& carved in stone
So, don't ask me about
War, Religion, or God
Love, Sex, or Death
Because....Everybody knows what's going wrong with the world
But I don't even know what's going on in myself.
You've gotta work out your own salvation.
With no explanation to this Earth we fall
On hands & knees we crawl
And we look up to the stars
And we reach out & pray
To a deaf, dumb & blind God who never explains.
Every body knows what's going wrong with the world
But I don't even know what's going on in myself.
Lord, I've been here for so long
I can feel it coming down on me
I'm just a slow emotion replay of somebody I used to be."
Tradução

Eu voltei e vim para ficar... ou não! Eu disse que ia ser assim, na semana em que aviso que não ia postar mais nada por um tempo foi justamente o período em que mais tive idéias e vontade de escrever aqui.

Este fim de semana fiquei inclausurada, mas mesmo assim não rendi grande coisa. Meus momentos mais produtivos foram aqueles em que roubei o cd Dusk do The The do quarto do meu irmão e fiquei ouvindo.

O The The é mais uma banda de um homem só. Matt Johnson é o cara que escreve letras maravilhosas (que parecem fazer parte de mim), cria melodias magníficas e convida gente legal para tocar com ele. Seguidamente um de seus parceiros de trabalho é o Johnny Marr. Putz, você não vai me dizer que não sabe quem é Johnny Marr? Matt Johnson não conhecer, eu lamento, mas entendo, agora dizer que não conhece Mr. Marr. O que diabos você está fazendo no meu blog?

Como essa semana me disseram que sou uma pessoa calma e paciente (as aparências enganam, tá?) eu vou explicar: Johnny Marr é ninguém menos do que o guitarrista do The Smiths. Não me diga que você achou que só Morissey estava nesta banda?

Voltando ao assunto... The The é uma banda de que gostei já na primeira ouvida, e Matt Johnson já calou fundo nos meus pensamentos a partir do primeiro instante que ouvi sua voz. Nossa, que voz... Aliás foi pensando na voz dele, que me faz tão bem que resolvi fazer uma lista. Quais são as vozes mais sexys do mundo.

Já vou avisando que meus critérios são puramente pessoais. Aquelas vozes que arrepiam a minha espinha. E o julgamento será restrito a voz, nada de feições, porque pra início de conversa o Matt Johnson não é feio, mas também não é tudo isso.

Também vou sugerir uma música de cada um no meu Top 8 para que vocês digam se tenho razão ou se estou em mais um dos meus ataques "alucinatórios". Lá vai:

8- Ian Astbury: a pedida é She da banda Holy Barbarians que ele formou no período em que o The Cult ficou em hiato. Como eu queria que ele cantasse essa música para mim!
7- Jarvis Cocker: a princípio eu não simpatizava com o vocal do Pulp, mas a sua voz conseguiu me conquistar. Ouça Common People, até a letra dá vontade suspirar.
6- Jim Morisson: o rei lagarto era ótimo. E The Doors já era uma banda sexy por si só. Love me two times vale a pena.
5- Elvis Presley: este homem era tudo. Difícil é escolher uma música só, mas eu fico com Suspicios Minds, minha favorita.
4- Marvin Gaye: fazer uma lista de vozes sexys e deixar o mestre de fora é sacrilégio. Let's get it on é minha escolha mas não ouça perto dos seus pais hehehe.
3- Mark Lanegan: ouça Wedding Dress da carreira solo do Mark e tente entender porque sou apaixonada por sua voz rouca, pura nicotina desde o tempo do Screaming Trees.
2- Nick Cave: eu juro que casava com o senhor Caverna. Sua voz gutural parece fazer até o mais pálido cadáver ser atraente. Into my arms é puramente linda.
1- Matt Johnson: ouça Love is Stronger than Death, acho que o nome já diz muito, se não tudo.

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Na última 5ª feira foi feriado, então não teve Duelos de Quinta. Mas essa semana estamos de volta com um tema interessante: Bandas que queriam ser outra.

Sabe aquele grupo que nem faz questão de esconder de onde tira inspiração, em que antescesor ela se espelhou. Resumindo, aquele que é uma cópia deslavada, ou que ao menos pensa ser igual (ou superior) ao original? São essas mesmo que tocarão.

Eu já fiz uma seleçãozinha, mas quem quiser dar sugestões, elas serão muito bem vindas. Só não me digam para tocar Oasis porque vai contra meus princípios. Depois eu ponho o playlist completo do programa e vocês podem analizar.

I guess I'll see you later...

segunda-feira, junho 12, 2006

I need love

"I left my conscience like a crying child
locked the door behind me put the pain on file
broken like a window i see my blindness now
I need love
not some sentimental prison
I need god
not the political church
I need fire
to melt the frozen sea inside me
I need love
driving into town tired and depressed
like a flare the streetlight bursts into an s.o.s.
peace comes to my rescue i don't know what it means
I need love"

Tradução

A música desta semana é tão curta quanto meu tempo livre. Semana passada já não consegui cumprir minha meta de postagens mínimas. Então eu volto aqui esta semana, neste dia um pouco ingrato para pessoas como eu, só para dar alguns recados.

Como eu já disse estou na correria. Todas as minhas reclamações anteriores sobre falta de tempo não são nada comparadas ao que estou passando agora. Por isso esta semana eu não devo postar mais aqui. A não ser que, como acontece freqüentemente, eu fiquei muuuito inspirada e deixe de lado o que eu realmente eu deveria estar fazendo.

Tem mais, no fim de semana não adianta me procurar no MSN que não me encontrarão. Podem mandar mensagens via orkut, email ou comentários mas o Messenger vai estar offline se não eu não faço anda mesmo.

Por enquanto acho que é isso. Boa sorte para mim, com minha montanha de trabalhos e ainda por cima minhas aulas práticas na auto-escola começam justamente quando estou mais atarefada. Para aqueles que estão na mesma situação que eu, merda para vocês também. Como dizem os americanos: break you leg (não leve isso ao literal por favor).

********

Para os mais desavizados hoje é Dia dos Namorados. Sorte minha que é Segunda feira, daí não tenho tempo de ficar filosofando e bolando as milhares de teorias conspiratórias que sempre surgem na minha mente quando não devem.

Se eu fosse mais uma amargurada diria que hoje é só mais um dia inventado para movimentar as vendas no comércio, mas esta não sou eu. Então felicidades para aqueles que estão acompanhados e de presente para aqueles que vão aproveitar este dia melhor do que eu, dedico esta música da Sam Phillips.

Ás vezes sou tomada por um romantismo incurável, mas no fim do dia eu sou mais esperançosa do que crédula quando o assunto é o amor. Esta música parece mostrar exatamente a minha visão sobre este sentimento tão confuso mas ao mesmo tempo tão confortador.

Sem contar que adoro a Sam Phillips, responsável pela trilha de um dos meus seriados prediletos Gilmore Girls. Então eu fico por aqui imersa nos meus pensamentos, tentando preparar as inúmeras crônicas sobre os clichês da vida que venho programando faz tempo. Já tenho muito "material" sobre isso hehehe.

Então a partir de agora meu foco está nos estudos, no more fun! Acabo de me declarar em período de retiro espírito-intelectual!

I guess I'll see you later...

segunda-feira, junho 05, 2006

Hand in my pocket

"I´m broke but I´m happy
I´m poor but I´m kind
I´m short but I´m healthy, yeah
I´m high but I´m grounded
I´m sane but I´m overwhelmed
I´m lost but I´m hopeful baby
What it all comes down to
Is that everything´s gonna be fine fine fine
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is giving a high five
I feel drunk but I´m sober
I´m young and I´m underpaid
I´m tired but I´m working, yeah
I care but I´m restless
I´m here but I´m really gone
I´m wrong and I´m sorry baby
what it all comes down to
Is that everything´s gonna be quite alright
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is flicking a cigarette
What it all comes down to
Is that I haven´t got it all figured out just yet
I´ve got one hand in my pocket
And the other is giving the peace sign
I´m free but I´m focused
I´m green but I´m wise
I´m hard but I´m friendly baby
I´m sad but I´m laughin
I´m brave but I´m chicken shit
I´m sick but I´m pretty baby
What it all boils down to
Is that no one´s really got it figured out just yet
I´ve got one hand in my pocket
And the other is playing the piano
What it all comes down to my friends
Is that everything is just fine fine fine
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is hailing a taxi cab . . ."

Tradução

Este final de semana finalmente assisti Goodnight and Good Luck. Aproveitei meus momentos de repouso e fiquei vendo esta obra de arte. Fazia tempo que eu não via um filme tão bom. De tão magnífico eu fiquei mal, me perguntando: "seria falta de sorte ou excesso de azar?".

Não vou ficar contando a história do filme porque vale a pena ver, mas só adianto que a trama se passa basicamente nos bastidores (e durante) um dos programas mais importantes da CBS.

Como estudante de jornalismo, fiquei prestando tanta atenção no filme, mais até do que eu acho que já prestei em qualquer outro em minha vida, e depois de ter assistido tudo vi minha cabeça ser tomada por pensamentos de certa forma incômodos. Eu que já não estava me sentindo um dos melhores seres do universo fiquei ainda pior. De repente parece que fui atingida por um raio que iluminou certas coisas que eu ainda não conseguia ver.

Será que estou no caminho certo? Esta dúvida assola minha mente agora. E o pior é que normalmente minha resposta é negativa. Não, não estou no caminho certo. Não me encaixo neste mundo, ou para citar Tom Wolfe, não sei se eu sobreviverei nesta "fogueira das vaidades".

Mas o que pode ser ainda pior do que isso é se sentir uma pessoa mediana. Não adianta alguém me dizer "não se importe com a opinião dos outros" que as coisas não funcionam assim para mim. Essa não é minha natureza, eu preciso sentir que estou fazendo as coisas certs, de forma que as pessoas também sintam o mesmo que eu. Tenho a impressão de que sempre estarei na média. Nunca serei a pessoa com um péssimo desempenho em qualquer trabalho que eu faça, mas também nunca estarei entre os melhores.

Essa sensação de ser apenas mais uma na multidão não me agrada. Principalmente quando eu penso nas pessoas da minha família, como minha mãe e meu irmão, que são dedicados e muito bons no que fazem. Estou chegando a conclusão que pior do que ser pessoa reconhecida como um desastre é não ser reconhecido por coisa alguma.

Tudo o que eu queria era saber que posso fazer a diferença. Essa história de ser igual aos outros nunca foi muito instigante para mim. Mas como posso deixar minha marca se nem ao menos sei no que sou boa. Meus textos não são péssimos, mas também são iguais e inúteis como 98% dos textos que você encontra por ai. Minha voz não colabora para que eu trabalhe com rádio. Não sei se possuo a desenvoltura para trabalhar em televisão. Minhas amigas dizem que eu deveria trabalhar como crítica musical, mas eu tenho plena consciência que meu conhecimento sobre música é pequeno comparado a tantas outras pessoas que estão por ai. Será que meu destino é acabar como mais uma dessas assessoras de imprensa que eu tanto repúdio?

Sempre achei que eu daria uma boa produtora ou editora de tv. O emprego perfeito para mim seria algum cargo no qual eu pudesse organizar a estrutura para os outros, em que de alguma forma eu pudesse administrar situações em que ninguém sabe mais o que fazer. Nem nisso acredito mais. A partir do momento em que a auto estima é minada e sua opinião vira apenas mais um barulho em meio a tantos gritos mais altos que não se importam com o que você pensa, parece que não há mais nada a ser feito.

Só o que eu precisava era de uma luz, algo que deixasse bem claro que sim, que eu posso me diferenciar, me destacar. Mas no fim tudo o que posso ficar esperando é que eu tenha uma Boa Noite e Boa Sorte.

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A letra da música é do primeiro disco da Alanis, Jagged Little Pill, o primeiro disco que comprei sozinha na minha vida. Apesar de achar que ela se tornou uma chata de marca maior, ela era bem legal. E este disco é eprfeito, todas as músicas me amrcaram de alguma forma. Durante um bom período fui a legítima Mary Jane, agora Hand in my pocket parece cair como uma luva para meu estado de espírito. Tenho a mesma sensação que a música transmite: ser tudo ao mesmo tempo o que me torna um nada.

I guess I'll see you later...

quinta-feira, junho 01, 2006

Starman

"Didn't know what time it was,
the lights were low
I leaned back on my radio
Some cat was layin' down
some rock 'n' roll 'lotta soul, he said
Then the loud sound did seem to fade
Came back like a slow voice on a wave of phase
That weren't no D.J. that was hazy cosmic jive
There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie
I had to phone someone so I picked on you
Hey, that's far out so you heard him too!
Switch on the TV we may pick him up on channel two
Look out your window I can see his light
If we can sparkle he may land tonight
Don't tell your poppa or he'll get us locked up in fright
There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie
There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie"


Tradução

Acho que era 28 de novembro de 2005. Na verdade eu lembro o dia e o mês simplesmente porque foi um dos momentos mais especiais que já tive. Para quem não sabe esta é a data do primeiro show do Pearl Jam no Brasil, aqui em Porto Alegre e eu estava lá, assim como Thedy Corrêa, do Nenhum de Nós. Ele estava sentado há alguns metros de mim, mas eu não estava nem aí. Primeiro lugar porque estava mais preocupada com a minha ansiedade para ver Eddie Vedder e companhia no palco. E depois porque nunca fui uma grande admiradora (para ser educada) de Nenhum de Nós, e muito menos do senhor Thedy, que sempre me deu a impressão de ser antipático (teoria que já foi defendida até por fãs do Nenhum).

Seis meses e dois dias depois daquele show eu fiz algo que 99% dos meus amigos nunca acreditariam. Dia 30 de maio de 2006 ficará marcado na história como o dia em que eu fui ao show do Nenhum de Nós. Mas antes que você resolva nunca mais falar comigo, deixe-me explicar.

“Tudo pela amizade”, foi nisso que pensei quando uma das minhas amigas mais queridas me fez a proposta de acompanhá-la ao show e eu aceitei. Alem do mais entre minha resoluções de Ano Novo estava ser mais aberta à experiências, não julgar ou criticar antes de experimentar. E afinal, se eu quero ser uma boa jornalista é assim que eu devo agir, certo? Vai que eles me mandam trabalhar naqueles lugares que se come grilo? Eu topo numa boa!

A apresentação que era para ser o maior suplício começou com “Dança do Tempo”, seria apenas uma ironia do destino? Depois o povo levanta com o começo de Camila e por aí segue um emaranhado de canções antigas e recentes, entre elas “Paz e Amor”, “Eu não entendo”, “Julho de 83” e “Confiança”, que de acordo com Thedy é vital para uma banda, mais que dinheiro ou vendagem de discos. E como diria Rui Barbosa, “Só o mais tolo e o mais sábio mudam de opinião” e meu repertório de tolices é extenso. Admito que durante o show mudei de opinião sobre a banda. Eles são repletos de confiança e energia, o que faz com que tu se sinta muito bem enquanto eles estão no palco.

Mas péra aí!!! Não, eu não virei fã do Nenhum de Nós. Em primeiro lugar eles sempre serão a banda que assassinou “Starman” do Bowie e não se deu conta disso. Mas não posso tirar todos os méritos dos rapazes. É muito legal, por exemplo, que apesar de tantos anos de carreira eles não deixaram de ser uma banda gaúcha. Você deve estar achando a minha afirmação estranha, mas ela é justificada. Muitas desses grupos musicais quando começam a experimentar o gostinho do sucesso resolvem deixar suas raízes de lado, como se não precisassem lembrar de onde vieram. Com o Nenhum de Nós não é assim, eles criaram uma identidade que está fortemente ligada ao Rio Grande do Sul, seja através do Lupicínio ou com os elementos de gaita na música. E a partir do momento que nosso Estado tem uma das culturas tradicionais mais lindas e versáteis que existe é bom saber que uma banda que faz sucesso entre os jovens faz uso disso.

Uma das últimas músicas que eles tocaram é do cd mais recente “Pequeno Universo” e se chama “Feedback”. Juro que tremi quando eles falaram que havia sido escrita pela Martha Medeiros. Não gosto dela. Mas a canção ficou legal. Quem sabe eu dê mais uma chance para as crônicas dela (apesar de continuar defendendo a tomada de seu posto na Zero Hora e que ele vá para minha amiga Ingrid).

Em um momento do show, durante seu discurso Thedy Corrêa (ou Galinho Chicken Little como foi apelidado por causa do cabelo, mas muito melhor que a “tigelinha” que o conterrâneo Humberto Guessinger chegou a usar) soltou esta: “Fazer o pessoal pular é fácil, difícil é fazer cantar junto. Fazer com que as nossas palavras sejam de vocês”. Quando eu ia começar a pensar que ele estava se achando, para minha surpresa me dei conta de que ele tinha razão. Tanta que eu cantei as músicas mais antigas sem perceber e parece que vários filmes passaram na minha cabeça. Não, nenhuma música deles marcou minha vida, mas me fizeram lembrar de momentos com amigas que tiveram suas vidas embaladas por essas canções.

No fim das contas eu estava feliz e adquiri um certo respeito por eles que eu não tinha. Mas meus amigos que devem estar perplexos com meus elogios, por favor, não se preocupem. Não virei fã de Nenhum de Nós e nem comprarei um disco deles que seja, mas quem sabe da próxima vez que eles tocarem na rádio eu não saia correndo ou troque tão rápido de estação.

A propósito, sim eles tocaram Astronauta de Mármore, foi à derradeira para minha “felicidade”. Mas para completar a noite de surpresas, meus ouvidos não atrofiaram. Mas devo admitir que tive que me conter e não começar a gritar a original do Bowie...

Fotos: Ludmila Escobar

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Demorei mas consegui acabar o texto sobre o show. Só apra dar mais uma atualizada, hoje no Congestão o tema como eu havia avisado foi Bandas que mudaram sua vida. Outra hora eu explico o porque essas mudaram mas deixo vocês com meu setlist.

1) David Bowie: Rebel Rebel
2) Van Halen: Panama
3) The Cult: Wild Flower
4) Smashing Pumpkins: Everlasting Gaze
5) Garbage: Stupid Girl
6) Collective Soul: Love Lifted Me
7) The Clash: Train in Vain
8) Björk: Pagan Poetry

I guess I'll see you later...