Hand in my pocket
"I´m broke but I´m happyI´m poor but I´m kind
I´m short but I´m healthy, yeah
I´m high but I´m grounded
I´m sane but I´m overwhelmed
I´m lost but I´m hopeful baby
What it all comes down to
Is that everything´s gonna be fine fine fine
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is giving a high five
I feel drunk but I´m sober
I´m young and I´m underpaid
I´m tired but I´m working, yeah
I care but I´m restless
I´m here but I´m really gone
I´m wrong and I´m sorry baby
what it all comes down to
Is that everything´s gonna be quite alright
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is flicking a cigarette
What it all comes down to
Is that I haven´t got it all figured out just yet
I´ve got one hand in my pocket
And the other is giving the peace sign
I´m free but I´m focused
I´m green but I´m wise
I´m hard but I´m friendly baby
I´m sad but I´m laughin
I´m brave but I´m chicken shit
I´m sick but I´m pretty baby
What it all boils down to
Is that no one´s really got it figured out just yet
I´ve got one hand in my pocket
And the other is playing the piano
What it all comes down to my friends
Is that everything is just fine fine fine
I´ve got one hand in my pocket
And the other one is hailing a taxi cab . . ."

Não vou ficar contando a história do filme porque vale a pena ver, mas só adianto que a trama se passa basicamente nos bastidores (e durante) um dos programas mais importantes da CBS.
Como estudante de jornalismo, fiquei prestando tanta atenção no filme, mais até do que eu acho que já prestei em qualquer outro em minha vida, e depois de ter assistido tudo vi minha cabeça ser tomada por pensamentos de certa forma incômodos. Eu que já não estava me sentindo um dos melhores seres do universo fiquei ainda pior. De repente parece que fui atingida por um raio que iluminou certas coisas que eu ainda não conseguia ver.
Será que estou no caminho certo? Esta dúvida assola minha mente agora. E o pior é que normalmente minha resposta é negativa. Não, não estou no caminho certo. Não me encaixo neste mundo, ou para citar Tom Wolfe, não sei se eu sobreviverei nesta "fogueira das vaidades".
Mas o que pode ser ainda pior do que isso é se sentir uma pessoa mediana. Não adianta alguém me dizer "não se importe com a opinião dos outros" que as coisas não funcionam assim para mim. Essa não é minha natureza, eu preciso sentir que estou fazendo as coisas certs, de forma que as pessoas também sintam o mesmo que eu. Tenho a impressão de que sempre estarei na média. Nunca serei a pessoa com um péssimo desempenho em qualquer trabalho que eu faça, mas também nunca estarei entre os melhores.
Essa sensação de ser apenas mais uma na multidão não me agrada. Principalmente quando eu penso nas pessoas da minha família, como minha mãe e meu irmão, que são dedicados e muito bons no que fazem. Estou chegando a conclusão que pior do que ser pessoa reconhecida como um desastre é não ser reconhecido por coisa alguma.
Tudo o que eu queria era saber que posso fazer a diferença. Essa história de ser igual aos outros nunca foi muito instigante para mim. Mas como posso deixar minha marca se nem ao menos sei no que sou boa. Meus textos não são péssimos, mas também são iguais e inúteis como 98% dos textos que você encontra por ai. Minha voz não colabora para que eu trabalhe com rádio. Não sei se possuo a desenvoltura para trabalhar em televisão. Minhas amigas dizem que eu deveria trabalhar como crítica musical, mas eu tenho plena consciência que meu conhecimento sobre música é pequeno comparado a tantas outras pessoas que estão por ai. Será que meu destino é acabar como mais uma dessas assessoras de imprensa que eu tanto repúdio?
Sempre achei que eu daria uma boa produtora ou editora de tv. O emprego perfeito para mim seria algum cargo no qual eu pudesse organizar a estrutura para os outros, em que de alguma forma eu pudesse administrar situações em que ninguém sabe mais o que fazer. Nem nisso acredito mais. A partir do momento em que a auto estima é minada e sua opinião vira apenas mais um barulho em meio a tantos gritos mais altos que não se importam com o que você pensa, parece que não há mais nada a ser feito.
Só o que eu precisava era de uma luz, algo que deixasse bem claro que sim, que eu posso me diferenciar, me destacar. Mas no fim tudo o que posso ficar esperando é que eu tenha uma Boa Noite e Boa Sorte.
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A letra da música é do primeiro disco da Alanis, Jagged Little Pill, o primeiro disco que comprei sozinha na minha vida. Apesar de achar que ela se tornou uma chata de marca maior, ela era bem legal. E este disco é eprfeito, todas as músicas me amrcaram de alguma forma. Durante um bom período fui a legítima Mary Jane, agora Hand in my pocket parece cair como uma luva para meu estado de espírito. Tenho a mesma sensação que a música transmite: ser tudo ao mesmo tempo o que me torna um nada.
I guess I'll see you later...
2 Comments:
Eu já te falei isso pessoalmente e volto a falar, ou escrever, aqui. Como assim um ser mediano? Como assim não se destaca em nada? E quem é que me ajuda com as porcarias dos offs da TV foca, quando eu me desespero? E quem organiza toda aquela bagunça de folhas que, só mesmo eu consigo, "empilhar" durante uma entrevista? Quem foi que criou, verdadeiramente, a proposta do Neojornalimo? E quem é que 'tá sempre ajudando a todos. Se não for você e seu talento produtor-editorial-administrativo, então eu vou me atirar no valão (até pq em crise eu também 'tô). Aliás, eu já disse isso antes, mas, não custa repetir. Eu acho... na minha opinião (risos) que você será uma excelente jornalista de TV.bjs mulher.
É estranho.
Mas mesmo eu estando no início do meu curso (jornalismo também, UERJ), estou completamente surtado com todas essas questões que você expõe.
Paranóia?
Não ouso responder. Pelo menos por enquanto.
abs.
ps: o "Jagged little pill" arrasa mesmo.
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