quinta-feira, maio 04, 2006

I am your villain

"You toss in a word
I'm your villain
I see the passion emerge
I'm your villain
But serious
You're so serious
Like a waiter
Hating the rich
But taking their tips
If I could laugh I'd love you
If I could smile at anything you said
We could be laughing lovers
I think you'd prefer to be miserable instead
If I could love I'd love you
If I could love like anybody else
I know what I am
I'm your villain
I don't give a damn if
I'm your villain
Because serious
You're so serious
But I've got ready salted
ready on your belly
If you want to have fun
See you later, baby see you later"


Tradução


Faz alguns dias (uma semana ao menos) que estou tentando colocar o texto sobre o Leonard Cohen aqui mas não estou conseguindo. Não é uma questão de bloqueio criativo. A verdade é que me deparei em uma encruzilhada. Eu explico meu dilema...

O documentário do Cohen ainda não saiu então eu ia falar das expectativas de uma fã em relação ao lançamento e a importância deste músico que levou vários nomes de peso a se unirem em sua homenagem. Até aí nada demais. O problema é que estou com a impressão de que nada que posso escrever poderá passar todo meu entusiasmo pelo filme.

A questão é que Leonard Cohen é um cantor que (na minha opinião) sempre foi um injustiçado, uma vez que as multidões nunca puderam perceber a dimensão da profundidade e beleza de suas músicas. Agora você se pergunta: "o que uma música do Franz Ferdinand (aquela lá do início) tem a ver com tudo isso?". Novamente eu explico...

Em busca das palavras exatas que honrem Leonard Cohen fiquei relendo umas matérias antigas que eu escrevi para a cadeira de Jornalismo Online semestre passado. A primeira foi justamente a crítica do disco You could have so much better do Franz. Foi então que algo ficou claro para mim. É muito complicado fazer uma crítica musical. Lá vai mais uma explicação...

Pense o seguinte: você está na redação do jornal e chega seu editor e diz: "Você tem que fazer a crítica deste disco novo, desta banda e é para ontem!". Daí você pega o cdzinho enviado pela gravadora "gente fina" e dá uma ouvida. E depois outra, e mais outra até se dar conta que seu prazo não é muito extenso. Então começa a escrever. Colocou um ponto final na matéria, entregou para ser publicada, rodaram o jornal, foi para as bancas, o povo comprou, alguns leram, outros não porque não estavam interessados.

Por enquanto está tudo dentro dos conformes se não fosse eu ter me dado conta de como você pode mudar drasticamente de opinião, principalmente em relação a um disco. A matéria sobre o Franz eu escrevi um dia antes de ser publicada e dei os retoques finais minutos antes de ir pro site (o link está aqui, podem falar mal). Hoje quando eu leio penso: "Sério que eu escrevi isso?".

É simples, com o passar dos tempos eu fui ouvindo o disco com mais atenção e várias coisas que nas primeiras vezes deixei passar ficaram mais claras fazendo com que meu ponto de vista mudasse. Hoje se eu reescrevesse a crítica não diria que Eleanor Put Your Boots On é a melhor do cd. Assim como daria mais espaço para Walk Away e a I'm your villain. Sem contar a minha conclusão ridícula. Mantenho o pensamento de que não é um clássico e que um disco não precisa ser um para ser bom, mas fala sério: "Talvez o único problema com You could have it so much better é não ser um disco memorável. Apesar de muitas músicas boas, nenhuma parece marcar a ponto de nunca mais ser esquecida.". Alguém pode me dizer o que eu estava pensando. O primeiro single Do you want to ainda está grudado no meu cérebro. Sem contar Wal Away que ás vezes me pego cantarolando "Why don't you walk away...". Se eu fizer o famoso Top 5 com os melhores discos do ano passado You could... vai estar lá!

O resumo desta opereta: o tempo passou, meu ponto de vista se modificou mas os erros de digitação e pontuação continuam publicados lá no site. Isso que sou uma mera estudante de jornalismo cuja matéria foi vista 96 vezes (até que é um número bom), coitado dos críticos profissionais. Agora vou ficar me perguntado se leio as outras 4 matérias ou se deixo quieto e não me arrependo de mais nada.

I guess I'll see you later...

4 Comments:

At 11:07 AM, Anonymous Anônimo said...

Tava falando pra Ingrid, Lidi, que tinha escrito um coment pra ti, mas tinha dado erro. Dai fiquei com preguiça d evoltar. Mas eis me aqui... O Renato Russo que queria cantar que nem o Leonard Cohen...

Abs

 
At 9:05 PM, Anonymous Anônimo said...

Testando, testando, testando

 
At 9:06 PM, Blogger Livio said...

Shame on me, só conheço "Hallelujah" (certo?) do Leonard Cohen, e ainda na voz do Jeff Buckley e do Rufus Wainwright. Ok, baixarei o "Songs of love and hate" (é o clássico dele né?).

Sobre escrever crítica musical, eu gosto (vide o blog). É difícil, é. Perigoso, muito. Divertido, demais.

É horrível mudar de opiniã sobre um disco que você já escreveu. Aconteceu comigo em relação ao do Idlewild que podia figurava no Top 10 até pouco tempo, foi então que ouvi e ele foi para lá na 28 posição. Tsc tsc...


Estuda jornalismo aonde?
Eu estou começando a UERJ esse ano.

 
At 9:23 AM, Anonymous Anônimo said...

É... eu só consigo escrever resenhas de álbuns antigos. E mesmo assim, acho que fica faltando algo.
Imagino você com os prazos.
Beijos.

Ricardo Bunnyman

 

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