domingo, julho 16, 2006

Confusion

"It's funny how it tears me apart,
First it breaks it your head then your heart,
I should have loved you better,
From the start,
It's chewin' at my bones and my brain,
It's workin' through the flesh that remains,
Why can't this feeling leave me,
And just fade away?
From day one, i led you on,
I'm sorry girl but i can't stay,
Things have changed, they're not the same,
Now i must walk the other way.
Confusion raining down from up high,
And all the time you ask yourself why,
Why can't you make decisions,
Can't make up your mind.
Although you're trying hard to forget,
The reason why you feel so mislead,
Now come on forgive me,
I'll help you accept.
From day one, i led you on,
I'm sorry girl but i can't stay,
Things have changed, they're not the same,
Now i must walk the other way."
Tradução

Dúvidas, dúvidas, dúvidas! Todas as pessoas cedo ou tarde são atormentadas por elas e isso não acontece apenas em grandes obras da literatura como Othelo. Este é o preço a ser pago pela liberdade de escolha. Numa madrugada dessas, enquanto eu olhava uns clipes vi uma música do Maniac Street Preachers. Já eram mais de 3 horas da manhã e aquela música começou a me dar um sono e o pior é que ela nem era lenta. Mas eu queria ver o vídeo porque eu gosto de MSP. Será mesmo?

Foi então que me dei conta que aquele clichê máximo realmente é real. Sabe aquela frase que foi tão bem utilizada pelo Pretenders em uma música: There's a thin line between love and hate! Realmente a diferença entre amor e ódio é muito tênue. Pensando nisso percebi que existem muitas bandas que confundem nossas sensações. Não é possível definir se você gosta delas, se elas fazem seu estilo, ou se no fundo são uma chatice.

Assim que notei que muitas vezes tu ouve uma banda em um dia e acha legal e no dia seguinte já não acha tudo aquilo. Talvez seja uma questão de estado de espírito, se é que o humor do dia influência em algo.

Existem músicas que são feitas ara ouvir em um determinado momento ou lugar. Midnight Oil por exemplo, é uma banda que eu adoro mas que já percebi que ouço mais no verão e nos dias em que estou animada. Radiohead é perfeito para dias cinzentos em que você está quase em um estado paranóico. David Bowie então... cada época dele pode encaixar perfeitamente em algum momento que você esteja vivendo, por isso que o Camaleão do Rock é constante na minha vida.

Mas eu já estava me perdendo. Pensando em bandas pelas quais eu ainda não consegui decidir se gosto ou não consegui colocá-las em uma listinha. Como sempre, isso é muito pessoal, em momento algum dúvido da qualidade dessas bandas, só que não me dão a certeza que preciso para dizer se gosto delas mesmo ou se tô nem aí:

Top 7 - bandas duvidosas:
7- Flaming Lips: de uns tempos pra cá tenho gostado da banda de Wayne Cohen. Um tempo atrás eua chava meio chatinha , agora depende do dia. Levando isso em conta, se eu tivesse que fazer uma cotação, eu diria que a cada 100 vezes que eu ouço Flaming Lips, 90 eu acho legal. É uma boa média né?
6- Keane: hummm, a primeira ouvida foi legal, na segunda não fez diferença, na terceira achei uma droga. Parecia uma banda muito 'mole', sem graça. Agora eles lançaram um disco novo, e o primeiro single eu achei bem legal, agitado. Então na cotação eu daria 75% de confiança para a banda de Mr. Chaplin.
5- Liz Phair: não lembro a primeira vez que ouvi a Liz. Gostei dela porque naquele momento não havia acontecido o revival das bandas comandadas por mulheres. Imagina então ter uma mulher que faz Folk Pop Rock (definição minha, é claro). Então eu baixei quase toda a discografia dela e bem... fiquei meio desapontada. É impossível ouvir um disco sem pular algumas faixas. Em outros dias, aquelas que tu não tinha gostado parecem legais ao contrário das outras, e por aí vai. Na cotação damos uns 65% para dona Liz.
4- Maniac Street Preachers: a banda predileta de Fidel Castro. E daí? If you tolerate this... a mais famosa deles é muito boa. Mas tem outras que dão um soninho. É muita vontade de ser inteligente sem ser nerd. No meio da prepotência eles se perdem. Tanto que as músicas ao vivo deles são melhores, mais cruas e soam mais verdadeiras. Mas damos um voto de confiança para estes rapazes em 60% do tempo.
3- Belle and Sebastian: comecei a repensar esse grupo recentemente. Pra mim era mais uma bando querendo se passar por inteligentes cool. Mas este novo disco deles é bom. Mas por enquanto estou apostando mais na carreira solo da Isobel. Em 50% do tempo é bom dar uma chance para Belle and Sebastian.
2- Travis: essa banda a princípio eu achei legal. Depois que eles lançaram aquela música Sign eu desgostei, até mesmo daquelas que eu tinha gostado antes. Pra mim a única que nunca me despertou dúvidas é Why it always rain on me, muito boa! 40% do tempo Travis é legal.
1- Cachorro Grande: eta bandinha hypeada. E devo dizer que desde que eles foram adotados pela MTV ficaram melhores. Aquela Sinceramente que está tocando agora é legalzinha. Mas quero ver por quanto tempo eles continuam legais. Na cotação vamos dizer que em 25% do tempo eu não desejo quebrar rádio ou tv quando passa Cachorro Grande.

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A propósito, eu sou a única pessoa no unvierso que não gosta da música Crazy do Gnarls Barkley? O clipe é legal, com aqueles borrões do exame psicológico Rorschach. Eu já passei por este teste, ossos do oficio de membro de família de estudantes de Psicologia. Foi no mínimo engraçado. Tive que me segurar para não fazer uma piada em relação àquele filme que vivia passando na Sessão da Tarde, acho que era O Pestinha o nome. Tinha um assassino que gritava que via sangue nas manchas. Já pesnou se eu faço o mesmo? Voltando ao Gnarls Barkley ele tem uma outra música chamada Gone Daddy Gone que é muito melhor.

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Quer ver outro clipe legal? O da música Woman da banda Wolfmother é muito bom, bem simples, basicamente a banda tocando e os efeitos ficam apenas para a imagem que as vezes dá impressão que é uma página de revista amassado (se mexendo é claro). Do Wolfmother você já ouviu falar, né? Ninguém te perguntou da banda que parece o filho do Black Sabbath? Se você gosta desta vertente, aproveite a música destes australianos que está no disco que leva o nome do grupo. Só o que, apesar de achar interessante, não gostei muito é que quando acaba a música eles aproveitaram e fizeram umas imagens mais modernosas com direito a muitas luzes para inserir a música Love Train. Ou seja, com um clipe divulgam duas músicas. Inteligente!

Quase no fim... você já assistiu ao reality show Rockstar: Supernova que passa no People and Arts? É legal, tipo um American Idol ou Fama, só que a diferença é que eles estão a procura de um vocalista para uma banda de rock. Essa banda, a tal Supernova tem como membros o Tommy Lee na batera, Jason Newsted (ex-baixista do Metallica) e na guitarra o Gilby Clarke que tocava no Guns. Não vou dizer que eles são meus músicos favoritos mas é muito melhor do que qualquer reality show a procura de uma promessa musical. Sem contar que normalmente a seleção musical é boa. E tem cada figura! Um dos apresentadores do programa é o Dave Navarro, ex-Red Hot e Jane's addiction (banda que nunca sei se ainda existe).

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Agora é o fim. Esqueci de dizer que a música Confusion é do The Zutons. E como eu me dei conta que tenho tido visitantes novos volto a avisar: quem quiser receber um email toda a vez que o blog for atualizado é só mandar uma mensagem para: aprilfoolblog@gmail.com ou então deixem um comentário. Só não esqueçam de deixar o endereço de email. Não adianta postar como anônimo que eu não vou adivinhar seu endereço, meus super poderes estão de férias. Sugestão de tema para ser discutido ou para criar uma lista, música para ser traduzida, banda para ser analisada ou recomendada, também são muuuiiiitooo bem vindos.

I guess I'll see you later...

quinta-feira, julho 13, 2006

Prisoners of Rock N' Roll

"People tell us
that we play too loud
But they don't know
what our music's about
We never listen
to the record company man
They try to change us
and ruin our band.
That's why we don't wanna be good
That's why we don't wanna be good
We're prisoners of rock and roll.
When were jammin'
in our old garage
The girls come over
and it sure gets hot
We don't wanna be watered down
Takin' orders
from record company clowns.
That's why we don't wanna be good
That's why we don't wanna be good
We're prisoners of rock and roll.
We're prisoners of rock and roll"

Tradução


Feliz Dia Mundial do Rock! Enquanto escrevo este post está passando a programação especial da MTV. Agora que eles já tocaram os pseudo-roqueiros, tipo Charlie Brown Jr. e Linkin Park, a coisa melhorou. Tocou Rock N’ Roll do Led Zeppelin, Van Halen, U2, T-Rex e agora está passando um medley do Queen. É melhor parar de elogiar se não a coisa desanda.

Desde ontem eu fiquei pensando qual seria a música perfeita para começar o texto neste dia tão especial. No meu blog antigo, no ano passado, eu tinha colocado For Those About to Rock (We Salute You), do AC/DC, mas dessa vez tinha que ser algo diferente.

Minha primeira opção tinha sido I Don’t Like Mondays, do Sir Bob Geldof (e os Boomtown Rats) que ainda não tocou na MTV, mas estou apostando que toca. Essa é a música que marcou o Live Aid em 1985. Caso algum desinformado ainda não tenha sido avisado, 13 de julho se tornou o Dia Mundial do Rock porque foi nessa data que aconteceu o Live Aid, exatos 21 anos atrás (eu não tinha nascido). Os pontos positivos em relação a essa música é que alem de ter marcado a data também é o “sucesso” do Bob Geldof, responsável pelo evento, e também o cara que, de acordo com o próprio Bono, levou o vocalista do U2 a se envolver com as causas humanitárias. O que me fez desistir desta letra é apesar de ter complexo de Garfield, como Sir Geldof, e odiar segundas feiras, hoje é quinta. E eu amo quintas! Não por acaso, se eu fizer um top 5 com meus seriados prediletos, 3 deles passam na quinta-feira. Blessed be this day!

Mas voltando ao que interessa. Entre outras letras que tinha separado estavam a do Led, outra do Rolling Stones e uma do Tom Petty. Mas daí eu dei de cara com essa música do Neil Young e soube que este era o caminho a ser seguido.

Eu sempre admirei o Neil Young, mesmo sem ser uma fã incondicional. O cara tem talento e acima de tudo faz o que bem entende e o resto que se exploda. Quando a gente para pra pensar neste monte de bandinha que surge dizendo que faz Rock, mas que na verdade são apenas uma desculpa criada por uma grande gravadora para ganhar uma bela de uma grana parece que o Rock realmente estaria melhor se tivesse morrido. Mas é só se lembrar de artistas como o Neil Young que faz seus discos sem se preocupar em seguir as modas e sem dar a atenção aos mandamentos da indústria fonográfica, que a gente sabe que o Rock ainda está vivo. E que é esta atitude que faz do Rock o estilo musical mais variado, completo e legal do mundo. No fim, todos somos realmente prisioneiros do Rock N' Roll.

(Segundo clipe do System of a Down na MTV, pelo jeito a videoteca de rock deles é escassa).

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Já passaram 21 anos desde o Live Aid, e isso me faz pensar por todas as mudanças que o rock e a forma de se ouvir músicas sofreram. Os LPs são sagrados e isso eu defendo com toda as minhas forças, mas será que os cds também se tornarão sagrados?

Não há dúvida que a Internet é uma mão na roda para conseguir e distribuir informação e que isso ajuda muito as novas bandas a divulgarem seus trabalhos, mas por outro lado eu também vejo essa massificação da música como um proliferador de artistas sem consistência.

Devo admitir que até algum tempo eu só baixava músicas que eu gostava ou coisas mais antigas que eu sabia que dificilmente encontraria em cd. Ou também no caso de gostar de apenas uma música de determinada banda, na qual se dependesse de gastar dinheiro comprando o cd eu nunca mais ouviria a canção. De um tempo pra cá é que eu comecei a baixar discos completos, especialmente de bandas novas. Ou em certos casos discos de artistas que só não comprei o original porque não encontrei.

A verdade é que o preço dos cds e exorbitante, uma vergonha. E entendo perfeitamente aqueles que se desiludiram com isso e se entregaram de vez aos programas que baixam música. Mesmo assim acho que nesse sentido sempre estarei na moda antiga.

Não sei se sou a única, mas eu fico frustrada, por exemplo, quando compro um cd e vou ver o encarte e não tem nada nela, nem letras nem ficha técnica. Eu sou daquelas que quando compra algo novo gosta de fazer aquela primeira audição enquanto lê o encarte, acompanhando as letras e tal... E tem mais. Eu sempre tive algumas discussões com minha mãe na época da escola sobre minha atenção voltada para a música e a voltada para os estudos. Nas palavras dela: “Se tu lembrasse da matéria com tanta facilidade quanto tu tem para decorar letras e nomes de música, alem da história dessas bandas, tu seria uma ótima aluna”. Perdi a conta de quantas vezes ouvi esses discursos. E a verdade é que eu tenho mais dificuldade para lembrar esses nomes quando tenho a música no computador. Lembrar o nome do disco se tornou algo praticamente impossível, a não ser que eu esteja totalmente viciada nele.

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Pensando nisso lembrei que eu mantenho duas listas de presentes. Uma na Livraria Cultura basicamente de livros e com poucos dvds e a outra no Submarino, com alguns dvds, mais outros livros e muitos cds. E a verdade é que tem discos que eu baixei, mas continuam na lista de compras porque são verdadeiras obras que merecem espaço em qualquer cdteca. É isso que fiz mais uma lista, discos que tenho baixado, mas eu quero o original. Lá vai:

Top 8 discos para se comprar o original e deletar os MP3s:
8- Hellacopters: Rock is Dead – essa é uma banda que eu conheci em uma nova fase na minha vida musical e adorei de primeira com o High Visibility. Mas assim como a maioria dos discos desta lista só encontrei importado, então ele sempre vai ficando pra trás na minha lista de prioridades a serem compradas.
7- Eagles of Death Metal: Death by Sexy – Você ainda não se deu conta de que adoro tudo o que o Josh Homme faz? Eagles of Death Metal não é diferente.
6- Isobel Campbell e Mark Lanegan: Ballads of the broken seas – não sou uma grande fã de Belle and Sebastian, mas tive uma bela surpresa com esse disco solo da Isobel. Sem contar que ela toca com o Mark Lanegan.
5- Mark Lanegan: Bubblegum – sim, ele tem dois discos na lista. Quando eu fizer uma lista de bandas e artistas injustiçados pode ter certeza que o Mark e o Screaming Trees estarão nelas. Só para ter uma idéia, neste disco tem participação da P.J. Harvey, do Greg Dülli do Afghan Whigs e Twilight Singers, do Izzy Stradlin e o Duff (ex-guns n’ roses) e é claro Josh Homme.
4- Jeff Buckley: Grace – amor a primeira ouvida. Foi isso que senti quando ouvi o Jeff. Mas infelizmente o destino nos tirou um dos artistas mais promissores que acabou deixando essa pérola que deveria pertencer a todos que gostam de música, com direito a cover de Leonard Cohen. Mas convenhamos que pagar R$166, 80 é um pouco demais.
3- David Pirner: Faces and Names – quem me conhece sabe que Soul Asylum é a banda que canta a trilha sonora da minha vida. E esse é o disco solo do vocalista e minha alma gêmea. Mas como o mundo conspira contra mim, só comprando importado e o dinheiro é curto.
2- Dirty Pretty Things: Waterloo to anywhere – tá, todos já sabem que viciei. Não preciso dizer mais nada.

1- Razorlight: Up all night – das bandas novas é minha favorita (essa lista ponho outra hora). Me identifico pra caramba com o Johnny, não é a toa que quem lhe escreve é “A Girl with a Golden Touch”. E só de pensar que logo o segundo disco já sai e eu não consegui nem comprar o primeiro ainda, fico com vontade de roubar um banco.

É isso aí! Pelo meus cálculos, se alguém me doar uns R$5 mil eu posso deletar minhas duas listas de presentes. E acreditem ou não, tá tocando System of a Down pela terceira vez e não faz nem quatro horas que começou o especial Rock da MTV.

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Melhor encerrar por aqui. Desejo a todos que aproveitem ao máximo esse dia que deveria ser feriado e que as rádios deveriam ser proibidas de tocar música ruim como elas fazem diariamente. Se eu estivesse na cidade grande aproveitaria para dar a passada em algumas lojas que sei que costumam fazem promoções nessa data, mas como estou no interior vou ter que fazer algo diferente. Recomendo que se divirtam nesse dia como eu, façam a seleção de alguns discos (que nos meus incluem Van Halen. David Bowie, Tom Petty, Supergrass, Siouxsie and the Banshees, The Clash e The Cure), ouçam em um volume bem alto e levem os vizinhos a loucura!

I guess I'll see you later...

quarta-feira, julho 12, 2006

Losing my mind

"Every time I fall
I bring you along
Because I need you there
Every time I leave
For my selfish things
I know I'm wrong
No matter what I want to believe
Nothing like this comes easily
I love you, yes I love you
Even though I know I should stay away
Because I hate you, yes I hate you
Even though it looks like I'm going to stay
And I think that I'm losing my mind
My time in the dark
Was tearing me apart
And that's not okay
A man of blood and bones
Alone on his throne
could walk away
Oh how your web has been spun
And I'm out of my mind
And it ain't no fun"

Tradução

Se tem uma banda que eu adoro é Black Crowes. Não me pergunte o porque, mas desde a primeira vez que vi o clipe de Remedy, a mais ou menos uns 8 anos, adorei de cara! Quando eles acabaram eu achei um saco mas, agora que eles voltaram estou ansiosa por material novo, apesar de ter sempre o pé atrás com essas bandas que acabam mas decidem voltar.

Mas eles não são o motivo pelo qual estou escrevendo aqui hoje. A minha sorte é tanta que estou na minha segunda semana de férias e começando a ter uma bela de uma gripe. E por isso resolvi colocar minha lista de músicas que me fazem chorar. Não sempre, porque não sou uma Maria Chorona, mas se ouvir alguma delas em um dia que estiver mais sensível (bem coisa de mulher isso) pode ter certeza que lágrimas rolarão. Mas só quando estou sozinha, tenho legítimo pavor de chorar em público. Lá vai:

Top 8 : Músicas para chorar
8- Silverchair: "Cemetery"
7- Concrete Blonde: "Tomorrow Wendy"
6- Radiohead: "Fake Plastic Trees"
5- Black Crowes: "Losing my mind"
4- Black Rebel Motorcycle Club: "Promise"
3- Screaming Trees: "Dollar Bill"
2- Ryan Adams: "Come pick me up"
1- David Bowie: "Seven"

Se alguém resolver ouvir alguma delas, e tiver a mesma reação que eu, boa choradeira a todos. Se não mandem suas listinhas porque eu adoro músicas deprês, que mexem com a gente.

Amanhã como é Dia Mundial do Rock, eu volto. Não posso ficar longe em um dia tão especial.

I guess I'll see you later...

sábado, julho 08, 2006

The Nowhere Man

"I wonder where the junkies go to die
Are you a friend or just some passer by
Cos lately it feels like I might need some time
If you want me

Then you've found me

With time out of mind
Lately I've wondered how many I's there are in mine
If this ain't real then what's the point in trying
Lately it feels like I might need some time
If you want me
Then you've found me
With time out of mind
And darling I wonder how many signs you'll find tonight
We all know it's the longest ties that bind
Still lately it feels like I'm on my knees each time
If you want me
Then you've found me
With time out of mind
Yeah I'm the nowhere man
And I know I know where I stand
If you want me
Then you've found me
With time out of mind"

Tradução

Estou de ferias! Que maravilha! Mais um semestre acabou e isso é bom, mas também deixa uma sensação desagradável. O fim de mais um semestre quer dizer que a cada dia também está perto do final de um dos melhores momentos da minha vida!

Quem me conhece sabe que meu período na escola não foi exatamente um dos melhores, só não foi pior porque, graças a um lápis borracha, ganhei uma amiga que me fez acreditar que existem amizades para a vida inteira. E quando eu cheguei na faculdade estava tomada por um enorme temor de que pelo menos os próximos quatro anos seriam uma reprise do inferno que foi meu segundo grau. Felizmente eu estava completamente enganada e meus medos se mostraram infundados.

Agora que estou de férias, longe da companhia diária de algumas amigas divinas e outros amigos também muito especiais, me sinto triste. O tempo parece ser o mais impiedoso de todos os seres. Daqui a pouco mais de um andevo me formar. E o que parece uma eternidade, passa em um piscar de olhos, acreditem em mim.

Já neste próximo semestre, por exemplo, sei que voltarei para o meu cotidiano, mas haverá algo de diferente. Dois grandes amigos que eu conheci nesta nova fase da minha vida já não estarão todos os dias por perto. Estes já alcançaram, merecidamente, o objetivo de todo estudante universitário que é receber o diploma. E, apesar de saber que não tive exatamente um papel importante na conquista deles, eu sinto um orgulho imenso, não só por estar falando de duas pessoas maravilhosas, amigos incríveis, mas também porque confio plenamente que o curso de Publicidade da PUC deu cria a dois publicitários criativos, talentosos e também honestos, algo muito importante que anda faltando nos profissionais de hoje.

Este clima de finalização me levou a um estado reflexivo que beira o deprimente. Daqui a pouco sou eu. E não sei se o tempo será o bastante para me encontrar. Mas vou parar com meus devaneios. Acho que essa história de formatura e monografia me deprimiu um pouco, especialmente porque eu via pessoas tão comprometidas e apaixonadas por seus projetos e eu não faço idéia do que quero e nem do que posso fazer.

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Falando em tempo... já que o período é de férias eu deveria estar me dedicando mais a escrever, certo? Errado! Férias também pode significar obrigações, que muitas vezes enchem mais o seu tempo porque você não têm desculpas para evitá-las, já que você está de férias, o que significa estar sem fazer nada, quase em estado vegetativo. Meu computador e a Internet também não cooperam, mas isso não vem ao caso. Mas agora o bendito Mozilla Firefox vai fazer com que meu computador aceite o endereço do meu blog e eu possa atualizar (mesmo que eu não consiga quebrar os espaçamentos). Tomará!

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Mudando de assunto... e o Brasil hein? Que vergonha?! Não me chamem de agourenta, mas eu já sabia! Até achei que foi longe demais. Mas devo admitir que meu pessimismo era tanto que todas as seleções para as quais eu torci durante um tempo acabaram perdendo hahaha. Primeiro foi minha amada Suécia. Depois o Brasil. Então virei alemã, o que acabou de vez com a chance da seleção de ganhar a Copa. Agora estou pensando em torcer pra França só pra garantir que a Itália leve a Taça! E não, não torci pelo Felipão, em momento algum! Podem me linchar, tô nem ai! Mas tenho boas razões para isso. E também, quem se importa, ficou em quarto mesmo!

Outro dia me aconteceu uma no ônibus que até achei engraçado. A situação me chamou tanto a atenção que resolvi criar uma coluna esporádica aqui. Não sei se algum dos visitantes atuais costumavam a visitar meu blog antigo. Um pouco antes de terminar com ele eu comecei a escrever umas mini histórias, crônicas sobre o cotidiano de um casal em descompasso, a Julia e o Leandro. Essa idéia só teve uma edição porque pouco depois vim para este endereço e meio que larguei os dois. Agora minhas crônicas serão dedicadas a fatos inusitados do cotidiano. Pode ser o meu, o teu ou dos outros. O importante é o ponto de vista, seja ele de frente, de trás, de lado, de cima ou de baixo. Whatever, here it goes...

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Fatos Inusitados do Cotidiano
1- O radinho de pilha

Quem vai do interior para a cidade grande sabe que uma das partes mais chatas dessa mudança é a distância entre os lugares. Aquela caminhada básica de umas 4 quadras até o mercado ou o passeio em família para levar um parente até a rodoviária que demoraria no máximo 10 minutos sem ter que tirar o carro da garagem deixam de existir. E quem não tem meio de locomoção próprio tem que apelar para o bendito ônibus.

Numa dessas idas e vindas no transporte público a paixão que o futebol desperta ficou clara. No início da tarde nossos ‘irmãos’ argentinos já haviam sido eliminados da Copa da Alemanha pelos donos da casa. Depois foi a vez da seleção italiana entrar em campo contra os ucranianos. Ao contrário do que acontecia nos dias de jogos do Brasil, o pessoal não tinha folga para assistir a essas partidas. Então a solução era apelar para o famoso rádio de pilha.

Era com esse aparelhinho que o cobrador do ônibus tentanta aplacar a fome de bola. De repente um único som ecoa pelo ônibus: GOOOOOL! Naquele exato momento todos os passageiros pareciam ter trancado a respiração, um a um, todos foram focando os olhos no homem que segurava o pequeno rádio que parecia ter perdido a voz logo após aquele grito entusiástico porque o único som que produzia depois era um chiado que apenas o seu dono parecia estar entendendo.

Enquanto isso, todos ali ficaram naquela ansiedade, esperando por alguma notícia ou reação que viesse do rapaz sentado na cadeira mais alta. Este, em compensação, não parecia estar dando atenção aos olhares suplicantes daqueles que o cercavam. Os olhos vidrados só viam o homem com o ouvido grudado na pequena caixinha balançar a cabeça, hora para cima e para baixo como se aprovasse o que havia acontecido, mas no instante seguinte essa se movia de um lado para o outro como se não estivesse satisfeito com o que tinha ouvido.

De repente, o motorista fala, em um tom de voz normal já que o ônibus continua em silencio: “tá 1 a 1?”. E como resposta o cobrador diz: “não, 2 a 0 pra Itália”. Era isso, a seleção Azurra estava indo para as quartas de final. Então todos os passageiros soltaram aquele suspiro que estava preso até então e as conversas recomeçaram, dessa vez sobre quem seria o campeão, como seria o jogo do Brasil no dia seguinte. Todos pareciam ansiosos, mal poderiam saber que a seleção seria eliminada pela França justamente o adversário da Itália na final. Será que alguém acertou o palpite naquele dia?

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Viajando mais um pouco na maionese... que finalzinho mais trouxa esse de Belíssima hein? Como diria o Thom Yorke: “No Surprises”. Na próxima novela das 8 (porque não dizem das 9?) que tiver mais um enigma e a Cláudia Abreu estiver no elenco pode saber que ela tem algum envolvimento. Lá em Celebridade a “cachorra” era a assassina. Agora ela foi promovida a filha desaparecida da vilã. Realmente, no surprises!

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Pra acabar... você já ouviu The Veils? A letra lá de cima é deles, do disco The Runaway Found. Eles são meozolandeses e já saíram em turnê com The Raveonettes e Beth Orthon. É bem bom! Se você gosta de Jeff Buckley e Rufus Wainwright vai gostar dessa bandinha! Essa música, The Nowhere Man entra no meu top 5 músicas para chorar, mas esse eu ponho completo outra hora. Escrevi demais e aqueles malditos manuais de redação para web sempre diz que textos não devem ser extensos porque cansam os olhos do internauta. Idiotice sem comentários! Se o texto é interessante, eu leio, não inporta o tamanho! E vocês? Pra não correr riscos vou parar por aqui.

I guess I'll see you later...