sábado, julho 08, 2006

The Nowhere Man

"I wonder where the junkies go to die
Are you a friend or just some passer by
Cos lately it feels like I might need some time
If you want me

Then you've found me

With time out of mind
Lately I've wondered how many I's there are in mine
If this ain't real then what's the point in trying
Lately it feels like I might need some time
If you want me
Then you've found me
With time out of mind
And darling I wonder how many signs you'll find tonight
We all know it's the longest ties that bind
Still lately it feels like I'm on my knees each time
If you want me
Then you've found me
With time out of mind
Yeah I'm the nowhere man
And I know I know where I stand
If you want me
Then you've found me
With time out of mind"

Tradução

Estou de ferias! Que maravilha! Mais um semestre acabou e isso é bom, mas também deixa uma sensação desagradável. O fim de mais um semestre quer dizer que a cada dia também está perto do final de um dos melhores momentos da minha vida!

Quem me conhece sabe que meu período na escola não foi exatamente um dos melhores, só não foi pior porque, graças a um lápis borracha, ganhei uma amiga que me fez acreditar que existem amizades para a vida inteira. E quando eu cheguei na faculdade estava tomada por um enorme temor de que pelo menos os próximos quatro anos seriam uma reprise do inferno que foi meu segundo grau. Felizmente eu estava completamente enganada e meus medos se mostraram infundados.

Agora que estou de férias, longe da companhia diária de algumas amigas divinas e outros amigos também muito especiais, me sinto triste. O tempo parece ser o mais impiedoso de todos os seres. Daqui a pouco mais de um andevo me formar. E o que parece uma eternidade, passa em um piscar de olhos, acreditem em mim.

Já neste próximo semestre, por exemplo, sei que voltarei para o meu cotidiano, mas haverá algo de diferente. Dois grandes amigos que eu conheci nesta nova fase da minha vida já não estarão todos os dias por perto. Estes já alcançaram, merecidamente, o objetivo de todo estudante universitário que é receber o diploma. E, apesar de saber que não tive exatamente um papel importante na conquista deles, eu sinto um orgulho imenso, não só por estar falando de duas pessoas maravilhosas, amigos incríveis, mas também porque confio plenamente que o curso de Publicidade da PUC deu cria a dois publicitários criativos, talentosos e também honestos, algo muito importante que anda faltando nos profissionais de hoje.

Este clima de finalização me levou a um estado reflexivo que beira o deprimente. Daqui a pouco sou eu. E não sei se o tempo será o bastante para me encontrar. Mas vou parar com meus devaneios. Acho que essa história de formatura e monografia me deprimiu um pouco, especialmente porque eu via pessoas tão comprometidas e apaixonadas por seus projetos e eu não faço idéia do que quero e nem do que posso fazer.

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Falando em tempo... já que o período é de férias eu deveria estar me dedicando mais a escrever, certo? Errado! Férias também pode significar obrigações, que muitas vezes enchem mais o seu tempo porque você não têm desculpas para evitá-las, já que você está de férias, o que significa estar sem fazer nada, quase em estado vegetativo. Meu computador e a Internet também não cooperam, mas isso não vem ao caso. Mas agora o bendito Mozilla Firefox vai fazer com que meu computador aceite o endereço do meu blog e eu possa atualizar (mesmo que eu não consiga quebrar os espaçamentos). Tomará!

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Mudando de assunto... e o Brasil hein? Que vergonha?! Não me chamem de agourenta, mas eu já sabia! Até achei que foi longe demais. Mas devo admitir que meu pessimismo era tanto que todas as seleções para as quais eu torci durante um tempo acabaram perdendo hahaha. Primeiro foi minha amada Suécia. Depois o Brasil. Então virei alemã, o que acabou de vez com a chance da seleção de ganhar a Copa. Agora estou pensando em torcer pra França só pra garantir que a Itália leve a Taça! E não, não torci pelo Felipão, em momento algum! Podem me linchar, tô nem ai! Mas tenho boas razões para isso. E também, quem se importa, ficou em quarto mesmo!

Outro dia me aconteceu uma no ônibus que até achei engraçado. A situação me chamou tanto a atenção que resolvi criar uma coluna esporádica aqui. Não sei se algum dos visitantes atuais costumavam a visitar meu blog antigo. Um pouco antes de terminar com ele eu comecei a escrever umas mini histórias, crônicas sobre o cotidiano de um casal em descompasso, a Julia e o Leandro. Essa idéia só teve uma edição porque pouco depois vim para este endereço e meio que larguei os dois. Agora minhas crônicas serão dedicadas a fatos inusitados do cotidiano. Pode ser o meu, o teu ou dos outros. O importante é o ponto de vista, seja ele de frente, de trás, de lado, de cima ou de baixo. Whatever, here it goes...

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Fatos Inusitados do Cotidiano
1- O radinho de pilha

Quem vai do interior para a cidade grande sabe que uma das partes mais chatas dessa mudança é a distância entre os lugares. Aquela caminhada básica de umas 4 quadras até o mercado ou o passeio em família para levar um parente até a rodoviária que demoraria no máximo 10 minutos sem ter que tirar o carro da garagem deixam de existir. E quem não tem meio de locomoção próprio tem que apelar para o bendito ônibus.

Numa dessas idas e vindas no transporte público a paixão que o futebol desperta ficou clara. No início da tarde nossos ‘irmãos’ argentinos já haviam sido eliminados da Copa da Alemanha pelos donos da casa. Depois foi a vez da seleção italiana entrar em campo contra os ucranianos. Ao contrário do que acontecia nos dias de jogos do Brasil, o pessoal não tinha folga para assistir a essas partidas. Então a solução era apelar para o famoso rádio de pilha.

Era com esse aparelhinho que o cobrador do ônibus tentanta aplacar a fome de bola. De repente um único som ecoa pelo ônibus: GOOOOOL! Naquele exato momento todos os passageiros pareciam ter trancado a respiração, um a um, todos foram focando os olhos no homem que segurava o pequeno rádio que parecia ter perdido a voz logo após aquele grito entusiástico porque o único som que produzia depois era um chiado que apenas o seu dono parecia estar entendendo.

Enquanto isso, todos ali ficaram naquela ansiedade, esperando por alguma notícia ou reação que viesse do rapaz sentado na cadeira mais alta. Este, em compensação, não parecia estar dando atenção aos olhares suplicantes daqueles que o cercavam. Os olhos vidrados só viam o homem com o ouvido grudado na pequena caixinha balançar a cabeça, hora para cima e para baixo como se aprovasse o que havia acontecido, mas no instante seguinte essa se movia de um lado para o outro como se não estivesse satisfeito com o que tinha ouvido.

De repente, o motorista fala, em um tom de voz normal já que o ônibus continua em silencio: “tá 1 a 1?”. E como resposta o cobrador diz: “não, 2 a 0 pra Itália”. Era isso, a seleção Azurra estava indo para as quartas de final. Então todos os passageiros soltaram aquele suspiro que estava preso até então e as conversas recomeçaram, dessa vez sobre quem seria o campeão, como seria o jogo do Brasil no dia seguinte. Todos pareciam ansiosos, mal poderiam saber que a seleção seria eliminada pela França justamente o adversário da Itália na final. Será que alguém acertou o palpite naquele dia?

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Viajando mais um pouco na maionese... que finalzinho mais trouxa esse de Belíssima hein? Como diria o Thom Yorke: “No Surprises”. Na próxima novela das 8 (porque não dizem das 9?) que tiver mais um enigma e a Cláudia Abreu estiver no elenco pode saber que ela tem algum envolvimento. Lá em Celebridade a “cachorra” era a assassina. Agora ela foi promovida a filha desaparecida da vilã. Realmente, no surprises!

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Pra acabar... você já ouviu The Veils? A letra lá de cima é deles, do disco The Runaway Found. Eles são meozolandeses e já saíram em turnê com The Raveonettes e Beth Orthon. É bem bom! Se você gosta de Jeff Buckley e Rufus Wainwright vai gostar dessa bandinha! Essa música, The Nowhere Man entra no meu top 5 músicas para chorar, mas esse eu ponho completo outra hora. Escrevi demais e aqueles malditos manuais de redação para web sempre diz que textos não devem ser extensos porque cansam os olhos do internauta. Idiotice sem comentários! Se o texto é interessante, eu leio, não inporta o tamanho! E vocês? Pra não correr riscos vou parar por aqui.

I guess I'll see you later...

2 Comments:

At 5:46 PM, Anonymous Anônimo said...

Como colega de profissão já formado, posso de repente arriscar alguns palpites. Se você se dedicou à tua profissão durante a universidade, não precisa temer quanto a teu futuro. Aliás, não precisa fazer isso nunca. O futuro não existe, né? E ficar ansioso demais só atrapalha. A universidade, não poucas vezes, tem dificuldade imensa de preencher com conteúdo útil aquele espaço entre a teoria pura que a gente recebe e a realidade que a gente encontra depois da formatura. Mas nada de pensamentos negros, você vai encontrar saídas e tantos amigos quanto conheceu na facu. Acredita em ti e teus amigos de verdade não vão te abandonar, você sabe. Parece clichê, mas a vida também é feita disso.
E a seleção brasileira que se f***, se me permite..hehe
abraço guria

 
At 2:42 PM, Anonymous Anônimo said...

Textos, textos,textos!! Essa produção que sai da cabecinha é infindável. Que bom. Fiquei muito curioso em conhecer esses dois sujeitos que surgiram em tua vida. Publicitários, raça triste essa...Mas acho que eles também ficaram muito felizes em encarar esse último semestre com uma pessoa tão especial e que tem tanto a mostrar ao mundo. Acho que um deles diria que "essa é minha guria!", ou algo assim. Agora é não deixar que esse pequeno lacinho que os une não desate. Eles tem muito de conversar e matar a saudade do contato diário.
Tempo...é uma coisa que terei agora, até demais. Preciso trabalhar, (sim, eu disse isso). Daqui a pouco direi que preciso estudar tb.
E agora que acabou a Copa, a normalidade entra em campo... e os radinhos de pilha voltam ao seu estado vegetativo, dentro de gavetas, fundos de armário...

 

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