quinta-feira, outubro 26, 2006

Cold Rain

"I walk in cold rain
With my telescope in my hand
I had to go 27,000 miles with this cane
Now it's broken into pieces
And so little time remains
I hear these voices in the air
And I know they're just repeating
The language of the land
And the sky that I survey
I'm reciting all the verses
Praying straight from a book beside my bed
It's different now I'm here
Every question's coming dead
Yeah, I've gone so many places
That I don't know where I'm at
Came right out of the story
And now I can't come back
And these voices lead me on
But I know they're just repeating
The language of the land
And the sky that I survey
Everywhere I have to go
Is so very far away, away
Yeah, so far away - too far away
I get these voices in my head
But I know they're just repeating
The language of the land
And the sky that I survey
Everywhere I have to go
Is so very far away
I walk in cold rain
I've got my telescope in my hand
I had to go 27,000 miles with this cane
But it's broken into little pieces
And so little time remains
I walk in cold rain
I walk in cold rain
(Cold rain coming down)
I walk in cold rain, cold rain
(Cold rain coming down)
I feel it (cold rain coming down)
I feel it (cold rain coming down)
And it's cold rain coming down"



Tradução

É melhor alguém parar o mundo rápido porque estou ficando enjoada e quero descer rápidinho. Uso a palavra enjoada que é para não dizer tonta, porque mais do que eu sempre fui é meio difícil ficar.

Na verdade estou apenas cumprindo deveres burocráticos. Vontade de escrever eu não tenho. Mas como não agüentava ficar revendo a matéria do Andy/Edie (que não me traz boas lembranças) me obriguei a escrever algo mais.

Aqui no meu mundinho tem feito muito calor, mas agora parece que o tempo vai mudar de rumo também. Talvez seja isso que eu necessite, mudanças de rumo. Para isso eu vou me deixar levar pela maré, como legítimo peixinho que sou.

Não sou muito fã de dias de chuva, ams isso apenas nos dias que eu tenho que sair de casa e enfrentá-la contra própria vontade. Em compensação, eu amo a chuva nos dias em que eu não quero fazer nada. Simplesmente fico sentada assistindo ela cair. Mas ficar deitada só ouvindo o barulinho das gotas do lado de fora também é maravilhoso. Ou então (principalmente na praia) tomar banho de chuva parece que renova a alma.

Pensando nisso resolvi fazer o top 8 músicas para ouvir em dias de chuva. Here we go...

8- Madonna: "Rain"
7- Blind Melon: "No Rain"
6- B.J. Thomas: "Rain Drops Keep Falling on my Head"
5- Travis: "Why Does It always Rain on Me"
4- Screaming Trees: "Cold Rain"
3- Smashing Pumpkins: "Raindrops + Sunshowers"
2- Garbage: "Only Happy When It Rains"
1- The Cult: "Rain"

********

Vamos dar os méritos para a idéia. Como eu não sabia o que escrever copiei o tema do blog Topismos que é muito legal, e como diz o nome serve para você exercer sua função de Rob Flemming.

A letra de música deveria ser a do The Cult, mas como estou trabalhando em uma matéria especial sobre eles resolvi deixar para uma próxima. Sem contar que tenho ouvido muito Screaming Trees ultimamente.

Mas por enquanto é isso. Fico aqui esperando a chuva, que de preferência vai chegar em meio aos raios de sol e formar um lindo arco-íris.

I guess I'll see you later...

quinta-feira, outubro 19, 2006

Femme Fatale

"Here she comes, you better watch your step
She's going to break your heart in two, it's true
It's not hard to realize
Just look into her false colored eyes
She builds you up to just put you down, what a clown
'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks
You're put down in her book

You're number 37, have a look
She's going to smile to make you frown, what a clown
Little boy, she's from the street
Before you start, you're already beat
She's gonna play you for a fool, yes it's true
'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks"


Tradução

Como eu já tinha dito um tempo atrás eu tenho que escrever uma matéria sobre Pop Art para a disciplina de Produção em Revista. Na verdade eu já tinha escrito a matéria baseada na peça Andy/Edie. Mas por problemas nas fotografias eu acabei tendo que refazer tudo. Na verdade aidna estou refazendo.

A verdade é que toda vez que eu começo a gostar de algum texto meu posso ter certeza que vai surgir algum empecilho que faça com que eu o descarte. E é justamente o que aconteceu com a minha primeira matéria. Digamos que eu não consegui as fotos do Andy e da Edie (da peça) que eu precisava para ilustrar a matéria. Os motivos eu já queiro deixar para trás, não quero ficar me apegando no passado.

Mas para não sentir que perdi meu tempo escrevendo vou usar este espaço para publicar a versão 1 que nunca mais será utilizada. Também vou por duas fotos da peça que eu tirei e gostei. Lá embaixo eu ponho os créditos. Até mudei o título da matéria que é para encaixar melhor com os acontecimentos que fizeram com que ela fosse descartada.

Então lá vai....

*********
Onde está Andy Warhol?
As luzes vermelhas são um indício de que não estamos em um lugar comum. Pessoas vestidas como se não estivessem na moda, mesmo usando o modelo da última coleção. A música tocando poderia fazer parte de qualquer festa repleta de famosos em Nova York, mas o vinho e as conversas transportam até a vernissage de algum artista célebre.

A sensação de que algo vai acontecer a qualquer momento está no ar mas, mesmo assim, você não está preparado para o instante em que uma mulher invade o anfiteatro usando um megafone que faz o barulho de uma sirene. Logo os berros se espalham de forma raivosa, transformando a atmosfera vermelha em um verdadeiro inferno sonoro. Ela poderia ter dito: “Prazer, meu nome é Valerie Solanas e eu atirei em Andy Warhol”, mas o texto não é este. Mas onde está Andy Warhol?

As portas se abrem, e lá está ele, o responsável por toda essa história, colocado em um pedestal, sua imagem refletida nas paredes da Factory. Para um homem da importância de Andy, uma coisa é indispensável. Não é possível cuidar de uma fábrica de ícones pop sozinho, então surge ninguém menos do que Gerard Malanga. À primeira vista ele não parece real e sim apenas mais algum dos inúmeros protegidos de Warhol, obcecado pela busca do sucesso. O que não ficamos sabendo é que Malanga era muito mais que isto. O poeta, fotógrafo e diretor de cinema nascido no Bronx, inspirou o pai da Pop Art tanto quanto foi inspirado, juntos fundaram a revista Interview, trabalhando de assistente-chefe por três anos e ainda buscou o estrelato protagonizando alguns filmes de seu sócio.

A busca por um rosto novo que sobressaia na multidão sempre foi um dos objetivos daquele que um dia chegou a se chamar Andrew Warhola. De repente conhecemos Edie Sedgwick, uma jovem de família rica, nascida na Califórinia que com seus cabelos loiros, aparência de modelo e estilo moderno conquistou o título de rainha da Fábrica e também o coração de Bob Dylan, mesmo que não por muito tempo. Além de ser reconhecida por sua beleza, Edie também era famosa por causa do seu vício em drogas como heroína e barbitúricos.

Entrando no mundo musical habitado por Warhol, que chegou a apresentar um programa na MTV, aguardamos a entrada na sala de Lou Reed, Nico e os outros membros do Velvet Underground a qualquer momento, ou que ao menos alguém apareça ostentando a banana estilizada da capa do primeiro disco do grupo, lançado em 1967. Mas o óbvio não está presente quando se trata da história da vida de Andy. Eles não aparecem, mas para compensar Bob Dylan ocupa um papel que vai além de simples namorado famoso de Sedgwick. Por um bom tempo a atenção de Edie estava voltada para a ascensão na carreira, na busca pelo estrelato. Sua grande amizade com Andy fazia com que ela se denominasse Miss Warhol, mas com a chegada de Dylan em sua vida, a relação entre o artista plástico e sua musa estremeceu.

Um triângulo amoroso, assim poderia ser definida a relação de Andy, Edie e Bob. A atriz amava o músico que acusava o amigo de se aproveitar da fama da namorada e ser um artista sem conteúdo, cujo trabalho não passava de enganação. Bob considerava as obras de Andy, até as mais clássicas como a lata de sopa Campbell, uma mera reprodução, algo superficial, ignorando tantos outros trabalhos realizados por Warhol, como os retratos de judeus famosos. Depois de algumas músicas dedicadas a Edie, como Just like a woman (1966) e Like a Rolling Stone (1965) que também serviria como uma alfinetada em Andy, Bob e ela se separaram e pouco tempo depois ele já estava casado com outra. Edie também via o relacionamento com Andy terminar marcado por inúmeras brigas públicas. A atriz e até então musa chegou a ter sua participação cortada do filme The Chelsea Girls, sendo substituída por uma imagem de Nico. Mais uma vez o Velvet Underground faz falta.

Warhol precisava de uma nova estrela. Substituir Edie não seria nada fácil. Desta forma Andy acolheu não uma, mas várias mulheres reconhecidas pela beleza e também por nomes incomuns como Viva, Candy Darling, Ultra Violet e International Velvet. A cantora Nico também fez parte deste grupo de Superstars, e apesar da música Femme Fatale ter sido escrita por Lou Reed em homenagem a Edie a pedido de Warhol, a verdade é que todas as mulheres de Andy se encaixam nesta categoria: “Ela é uma pequena provocadora, olhe a forma como ela anda, ouça a forma como ela fala....”.

Atualmente, entre Britneys e Madonnas, Angelinas e Brads ninguém merece ser eternizado por serigrafia, como aconteceu com Marilyn Monroe, tanto quanto Andy Warhol, o mais Pop de todos os famosos.

Legendas das fotos
Foto 1 - Valerie Solanas ensurdece Bob Dylan
Foto 2 - A trupe sem Andy e Edie: Bob Dylan (Lisandro Bellotto), Ingrid Superstar
(Ravena Dutra), Gerad Malanga (Michel Capeletti) e Valerie Solanas (Alexandra Dias)

********

Gostou? A Ingrid gostou e se ela achou bom eu já fico feliz hehehehehe. Uma última novidade que nem é tão nova assim. Sabe a Revista Eletrônica de Rock - Your Mother Should Know? Pois é, desde o início de Outubro eu estou escrevdno nela que é atualizada quinzenalmente. Já tem aquele texto que eu tinha escrito sobre o Smashing Pumpkins (com poucas alterações) e uma resenha sobre o último disco do Primal Scream (escrito de última hora, legítimo tapa-buraco, mas não ficou tão ruim assim). Visita lá que é bem legal. Eu já acesssava antes mesmo de escrever para eles. O link tem na minha lista ali do lado, mas como eu sei que tem gente que têm preguiça de procurar eu ponho aqui de novo: Revista YMSK.

I guess I'll see you later...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Dance me to the end of love

"Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of u
s beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love"


Tradução

Alguém sabe se já chegou ao Brasil o I'm You Man, documentário sobre o Leonard Cohen? Eu sei que tem na Internet mas tem certas coisas que eu não gosto de baixar e essa é uma delas.

Esse filme conta com vários artistas falando sobre a importância do Cohen e também tocando músicas dele como If it be your will, cantada pelo Antony (and the Johnsons); I can't forget na versão do Jarvis Cocker; Everybody Knows com o Rufus Wainwright; Tower of Song na parceria do U2 junto com o próprio Leonard e é claro o ápice (na minha opinião) I'm Your Man cantada por ninguém menos que Nick Cave. Eu quero esse filme!!!

Eu lembrei essa semana de procurar novidades sobre o documentário porque ultimamente estou com Dance Me to the End of Love na cabeça. São coisas da vida... e para completar meu estado que foi muito bem definido pela palavra "languido" acabei de ler um livro para o qual eu tenho que tirar o chapéu.

Quando eu comecei a ler Música Anterior não estava muito confiante que eu ia gostar, tanto que me enrolei e demorei quase 2 semanas para ler os 3 primeiros capítulos (mais ou menos 20 páginas). Então em uma aula entediante, sem nada para fazer, resolvi ler. Em menos de uma hora fui até o 11º capítulo. E hoje em mais um intervalo acabei o livro do escritor Porto Alegrense, Michel Laub. Agora quero ler os outros livros dele que também é jornalista e trabalha na revista Bravo! Ou trabalhava, não sei porque faz tempo que estou sem verba para gastar em revistas.

Eu não gosto de ficar contando a história de livros e filmes. Eu digo que é muito bom e que você não vai perder tempo lendo. Mas eu vou ter que reproduzir parte do último parágrafo do livro. Não se preocupem que não vou estragar nada e nem acabar com surpresa alguma porque para quem não conhece a história ele vai ficar fora de contexto. Mas preciso reproduzir isso porque me tocou profundamente como poucos livros fizeram:

"... eu chego em casa e converso com a minha mulher, não da forma como venho conversando nesses anos todos, não da forma como eu achava que era necessário conversar nesses anos todos, mas de outra forma, uma forma que ainda não sei bem qual é, mas que um dia, quem sabe, saberei pacificamente. Eu não dou presentes a ela. Eu não compro flores nem faço declarações. Eu não sou capaz de pedir desculpas, de esboçar uma justificativa, por mais inocente que seja o seu teor, por mais social que seja a sua gênese. Eu abro a porta, eu a vejo, eu me dirijo a ela, e chego perto, e toco as mãos dela, e a puxo para perto de mim. Eu seguro as suas mãos, eu encosto o meu corpo no corpo dela, eu imagino que ao fundo toca uma música antiga, uma música anterior. Eu ouço a música, tenho certeza de que ela também ouve a música, e então os dois corpos começam um lento movimento, os dois corpos começam a girar. Ficamos lá, eu e ela, os dois girando, e as coisas podem começar a ser diferentes."

Conclusão: eu quero alguém para dançar comigo, nem que seja até o amor acabar, como disse Leonard Cohen.

I guess I'll see you later...

quinta-feira, outubro 05, 2006

Drip Drop Teardrop

"I'm gonna watch you while you get me wrong
I'm gonna sing until you hate this song
I'm gonna tell you in my sweetest voice
I'm gonna choose you 'cause you have no choice
This funny thing we got
Is never gonna stop, oh no.
I'm gonna take you to the wilderness
I'm gonna show you things you might have missed
I'm gonna kiss the parts that you have lost
It's gonna cost you but you might hurt less
This funny thing we gotIs never gonna stop
Until drip drop, teardrop.
I'm gonna work till we get it all
I'm gonna love you till we get along
And when your ears and your eyes are sore
I'm gonna love you just a little bit more
This funny thing we gotIs never gonna stop
This funny thing we got
Is never gonna stop
Until drip drop, teardrop
Will we ever
Will we ever
Will we ever learn?"


Tradução

Sem enrolar nenhum um pouquinho essa é a segunda parte dos melhores discos de 2006. Antes eram apenas 8 agora vem os 10 mais e ainda aquela medalha de honra ao mérito que na lista anterior havia sido do Razorlight. Agora que já ouvi o disco novo deles está na hora de passar o cargo adiante. Lá vai...

10- Teenage Fanclub - Man Made: quase que eu não baixei este disco. A princípio tinham me pedido apenas uma música, mas como eu não tinha nada de muito interessante pra fazer baixei o disco todo de uma vez. Devo dizer que não me arrependo. Teenage Fanclub nunca tinha me impressionado muito, era uma banda quase irrelevante para mim, mas depois de Man Made meu playlist ficou repleto com as músicas destes escoceses que estão fazendo música desde 1989. Tá, e eu admito, lá fora na verdade esse album foi lançado em 2005, mas assim como aconteceu com o Funeral, do Arcade Fire, sabe como são as coisas ..
Escute:
Only with you

09- Sonic Youth - Rather Ripped: essa é uma banda na qual dificilmente existe meio termo, ou você adora até o último fio de cabelo ou acha uma barulheira sem sentido. Não há fã que possa dizer que em alguns momentos eles chegaram muito próximos a pisar na bola, mas o que importa é que eles sempre seguiram as próprias idéias. Dessa maneira nasceu o Rather Ripped que de tão legal eu já ouvi mais vezes do que devo ter ouvido até o Goo que é um clássico. Se tem uma coisa da qual o Sonic Youth não pode ser acusado é de falta de criatividade. E talvez este seja o disco de 'mais fácil digestão' da carreira deles. Tu não precisa ouvir muitas vezes para gostar ou ao menos tentar entender. Mas não há com o que se preocupar, eles aparecem em Gilmore Girls mas não estão virando pop...
Escute: The Neutral

08- Soul Asylum - The Silver Lining: devo admitir que dos discos que entraram nessa lista este está aqui por razões mais sentimentais do que musicais. Então se você nunca gosto de SA melhor pular o número 8. Para quem contínua lendo saiba que a graça em The Silver Lining está não apenas nas músicas mas também nas condições em que ele foi lançado. Este disco marca a volta do SA e também é o primeiro disco lançado desde a morte do baixista Karl Müller. Antes de falecer o próprio Karl gravou o baixo para este album e deixou uma pequena lista com nomes de baixistas para o substituir na banda. É triste... mas saber que eles voltaram e que a cada música tu pode lembrar um pouco do Karl me conforta. Soul Asylum foi e sempre será uma das bandas da minha vida, por isso todo esse papo meloso... sou fã sim e não nego por isso eles estão no número 8, meu número da sorte...
Escute: Stand Up and Be Strong

07- The Sounds - Dying to say this to you: segundo disco dos suecos. Não achei melhor que o primeiro, mas não é por isso que eles não merecem um lugar aqui. Se todas as músicas Pop grudentas fossem como The Sounds o mundo seria muito melhor. As músicas são muito divertidas mas não são daquele tipo que parecem estar te ofendendo de tão bobinhas que são. E ao mesmo tempo que eles são modernos também conseguem pegar referências mais antigas que tem um cheirinho de naftalina. O Cansei de Ser Sexy deveria se aposentar, ir para casa, ouvir The Sounds sem parar e só tentar fazer música de novo quando aprendesse a ser 'cool' sem ser idiotas. Já o Blondie e Duran Duran agradecem aos seus seguidores...
Escute:
Tony The Beat

06- The Flaming Sideburns - Back To The Grave: fui saber da existência destes rapazes através de uma foto no site do Hellacopters, isso já faz quase 4 anos. É difícil falar sobre o Flaming sem pensar no Queens of the Stones Age e conseqüentemente no Eagles of Death Metal. A diferença básica está ans raízes dos grupos. Saído lá da Finlândia, o Flaming tem muito mais oportunidade de ousar, apesar que essa história de misturar Inglês com Espanhol já é velinha e até o QOTSA já tinha feito no Songs for the Deaf. Quando eles surgiram em 1995, a meta da banda era algo muito 'simples': salvar o rock n' roll. É óbvio que isto não aconteceu mas se depender deles o Rock vai estar sempre em boas mãos. Então se você gosta de coisas como MC5 e o próprio Hellacopters, baixa o Back to the grave e aproveita...
Escute: Leave Me Alone

05- Razorlight - Razorlight: podem falar mal do Johnny que eu não me importo. Podem chamar de arrogante ou sei lá o que, não dou a mínima. Eu provavelmente vou ser massacrada pela comparação que vou fazer mas também não tô nem aí. Se o Carl Barât tentasse ser o novo Paul Weller, o Johnny Borrell concorreria ao posto de Ray Davies. De forma alguma digo que Ray e Johnny são equivalentes, seria loucura minha, mesmo porque estamos em tempos diferentes. Mas se até o próprio Davies se propôs a grava com o Razorlight vamos dar algum mérito para estes rapazes. Agora se você disser para eu admitir que o primeiro disco do razorlight é melhor vou mandar você ver se estou na esquina. Os dois discos são muito diferentes e aí está mais uma razão pela qual adoro essa banda, eles não estão interessados no óbvio, qualquer coisa que saia da cabeça deles pode ser uma surpresa. Por isso Razorlight é minha banda predileta da nova geração. E também por isso se existe um duplo meu do sexo oposto este alguém é Johnny Borrell...
Escute: Who Needs Love?

04- Depeche Mode - Playing the Angel: a grande volta. Na verdade eles já tinham lançado o Exciter (2001) mas Playing the Angel é o disco que todo fã precisava pra saber que eles não tinham feito nenhuma besteira ao se reunir novamente. Um disco impecável, como há muito tempo eles não faziam (mais precisamente desde 1997 com o Ultra). Deixando pra trás as desavenças, problemas com drogas o Depeche Mode voltou a ser o grupo que fazia música para todos os momentos, desde aquele em que você quer uma trilha obscura até aquele em que você quer fazer festa com os amigos, assim como era no tempo de sucessos como Enjoy the Silence, Strange Love e Never Let Me Down Again. Essa é uma das lembranças de infância que eu tenho, meu irmão na praia fazendo festa com os amigos e de fundo Just Can't Get Enough. Os bons tempos voltaram...
Escute: John the Revelator

03- The Cardigans - Super Extra Gravity: a cada 10 fãs de Cardigans que eu conheci, 6 me diziam que o melhor disco deles era o Gran Turismo, os outros 4 falavam o Life. Bons eles são, mas não são tudo isso, apesar de já servirem de amostra do que a banda poderia vir a fazer no futuro. Sem contar que no passado há os covers de Black Sabbath que sempre foram mais estranhos do que legais. Então veio Long Gone Before Daylight (2003), em que eles aposentaram os barulinhos eletrônicos e irritantes de antes e resolveram ser uma banda de rock de uma vez por todas. O ápice dessa mudança chegou agora com o Super Extra Gravity, um disco no qual Nina Persson pôde ser amargurada e agressiva, mas sem perder a ternura, como você pode ver na letra lá no início...
Escute: Overload

02- The Secret Machines - Ten Silver Drops: eu já falei nessa banda saída do Texas no post anterior. Mas o que é bom a gente repete a dose. Tu já ouviu uma música e sabe que ela foi pensada nos mínimos detalhes, não de forma automática, mas sim que o foco do artista estava totalmente voltado para a criação de algo criativo e muito bem feito. Esse é o caso de cada música do Ten Silver Drops. Você sabe que a bateria tem a força certa, o baixo aparece na medida certa, o riff de guitarra só poderia ser aquele, o jogo de voz entre os dois vocalistas é uma das coisas mais harmônicas que você ouviu. Secret Machines é a banda que você pode aproveitar sem moderação...
Escute: Daddy’s in the doldrum

01- The Charlatans UK - Simpatico: o que dizer sobre Simpatico? Bem, só na semana que eu baixei ele já ficou no segundo lugar entre meus discos mais ouvidos, non stop. Eu sempre admirei Tim Burguess e companhia e estes são mais um grupo que entra na minha lista de injustiçados. O grupo surgiu em 1989 e nem por isso a música envelheceu, muito pelo contrário, naquela época é que eles deveriam se sentir meio deslocados. Vamos dizer que concorrer com o clássico do Stone Roses não é fácil pra ninguém. Mas o que eu gosto do Charlatans é que não importa quanto tempo passa, se você ouvir uma música deles você vai saber o que é. E Simpatico é bem isso, é a mescla de tudo de bom que eles fizeram nestes anos todos, e para isso eles não precisaram lançar coletânea, fizeram algo novo com a cara deles. A música que eu recomendo por exemplo, não tem um dia que eu não cantarole, ela me deixa extremamente animada, por isso toda a manhã é a primeira coisa que ouço.
Escute: NYC (There’s no need to stop)

Medalha de honra: rápido e rasteiro... ainda não tive coragem de ouvir o novo do Audioslave, mas eu mantenho a minha esperança nas alturas. Alguém tem algo a me dizer? Eu vou ficar feliz ao comprá-lo ou vou quebrar a cara?

********

Quando eu voltar a aparecer será com uma lista que pediram para eu responder: 6 coisas que você não sabe sobre mim... se você sabe de algo exclusivo sobre a minha pessoa, que mais ninguém deve saber, como uma mania, um gosto peculiar, me avise, porque tá difícil fazer isso.

I guess I'll see you later...