quinta-feira, outubro 19, 2006

Femme Fatale

"Here she comes, you better watch your step
She's going to break your heart in two, it's true
It's not hard to realize
Just look into her false colored eyes
She builds you up to just put you down, what a clown
'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks
You're put down in her book

You're number 37, have a look
She's going to smile to make you frown, what a clown
Little boy, she's from the street
Before you start, you're already beat
She's gonna play you for a fool, yes it's true
'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks"


Tradução

Como eu já tinha dito um tempo atrás eu tenho que escrever uma matéria sobre Pop Art para a disciplina de Produção em Revista. Na verdade eu já tinha escrito a matéria baseada na peça Andy/Edie. Mas por problemas nas fotografias eu acabei tendo que refazer tudo. Na verdade aidna estou refazendo.

A verdade é que toda vez que eu começo a gostar de algum texto meu posso ter certeza que vai surgir algum empecilho que faça com que eu o descarte. E é justamente o que aconteceu com a minha primeira matéria. Digamos que eu não consegui as fotos do Andy e da Edie (da peça) que eu precisava para ilustrar a matéria. Os motivos eu já queiro deixar para trás, não quero ficar me apegando no passado.

Mas para não sentir que perdi meu tempo escrevendo vou usar este espaço para publicar a versão 1 que nunca mais será utilizada. Também vou por duas fotos da peça que eu tirei e gostei. Lá embaixo eu ponho os créditos. Até mudei o título da matéria que é para encaixar melhor com os acontecimentos que fizeram com que ela fosse descartada.

Então lá vai....

*********
Onde está Andy Warhol?
As luzes vermelhas são um indício de que não estamos em um lugar comum. Pessoas vestidas como se não estivessem na moda, mesmo usando o modelo da última coleção. A música tocando poderia fazer parte de qualquer festa repleta de famosos em Nova York, mas o vinho e as conversas transportam até a vernissage de algum artista célebre.

A sensação de que algo vai acontecer a qualquer momento está no ar mas, mesmo assim, você não está preparado para o instante em que uma mulher invade o anfiteatro usando um megafone que faz o barulho de uma sirene. Logo os berros se espalham de forma raivosa, transformando a atmosfera vermelha em um verdadeiro inferno sonoro. Ela poderia ter dito: “Prazer, meu nome é Valerie Solanas e eu atirei em Andy Warhol”, mas o texto não é este. Mas onde está Andy Warhol?

As portas se abrem, e lá está ele, o responsável por toda essa história, colocado em um pedestal, sua imagem refletida nas paredes da Factory. Para um homem da importância de Andy, uma coisa é indispensável. Não é possível cuidar de uma fábrica de ícones pop sozinho, então surge ninguém menos do que Gerard Malanga. À primeira vista ele não parece real e sim apenas mais algum dos inúmeros protegidos de Warhol, obcecado pela busca do sucesso. O que não ficamos sabendo é que Malanga era muito mais que isto. O poeta, fotógrafo e diretor de cinema nascido no Bronx, inspirou o pai da Pop Art tanto quanto foi inspirado, juntos fundaram a revista Interview, trabalhando de assistente-chefe por três anos e ainda buscou o estrelato protagonizando alguns filmes de seu sócio.

A busca por um rosto novo que sobressaia na multidão sempre foi um dos objetivos daquele que um dia chegou a se chamar Andrew Warhola. De repente conhecemos Edie Sedgwick, uma jovem de família rica, nascida na Califórinia que com seus cabelos loiros, aparência de modelo e estilo moderno conquistou o título de rainha da Fábrica e também o coração de Bob Dylan, mesmo que não por muito tempo. Além de ser reconhecida por sua beleza, Edie também era famosa por causa do seu vício em drogas como heroína e barbitúricos.

Entrando no mundo musical habitado por Warhol, que chegou a apresentar um programa na MTV, aguardamos a entrada na sala de Lou Reed, Nico e os outros membros do Velvet Underground a qualquer momento, ou que ao menos alguém apareça ostentando a banana estilizada da capa do primeiro disco do grupo, lançado em 1967. Mas o óbvio não está presente quando se trata da história da vida de Andy. Eles não aparecem, mas para compensar Bob Dylan ocupa um papel que vai além de simples namorado famoso de Sedgwick. Por um bom tempo a atenção de Edie estava voltada para a ascensão na carreira, na busca pelo estrelato. Sua grande amizade com Andy fazia com que ela se denominasse Miss Warhol, mas com a chegada de Dylan em sua vida, a relação entre o artista plástico e sua musa estremeceu.

Um triângulo amoroso, assim poderia ser definida a relação de Andy, Edie e Bob. A atriz amava o músico que acusava o amigo de se aproveitar da fama da namorada e ser um artista sem conteúdo, cujo trabalho não passava de enganação. Bob considerava as obras de Andy, até as mais clássicas como a lata de sopa Campbell, uma mera reprodução, algo superficial, ignorando tantos outros trabalhos realizados por Warhol, como os retratos de judeus famosos. Depois de algumas músicas dedicadas a Edie, como Just like a woman (1966) e Like a Rolling Stone (1965) que também serviria como uma alfinetada em Andy, Bob e ela se separaram e pouco tempo depois ele já estava casado com outra. Edie também via o relacionamento com Andy terminar marcado por inúmeras brigas públicas. A atriz e até então musa chegou a ter sua participação cortada do filme The Chelsea Girls, sendo substituída por uma imagem de Nico. Mais uma vez o Velvet Underground faz falta.

Warhol precisava de uma nova estrela. Substituir Edie não seria nada fácil. Desta forma Andy acolheu não uma, mas várias mulheres reconhecidas pela beleza e também por nomes incomuns como Viva, Candy Darling, Ultra Violet e International Velvet. A cantora Nico também fez parte deste grupo de Superstars, e apesar da música Femme Fatale ter sido escrita por Lou Reed em homenagem a Edie a pedido de Warhol, a verdade é que todas as mulheres de Andy se encaixam nesta categoria: “Ela é uma pequena provocadora, olhe a forma como ela anda, ouça a forma como ela fala....”.

Atualmente, entre Britneys e Madonnas, Angelinas e Brads ninguém merece ser eternizado por serigrafia, como aconteceu com Marilyn Monroe, tanto quanto Andy Warhol, o mais Pop de todos os famosos.

Legendas das fotos
Foto 1 - Valerie Solanas ensurdece Bob Dylan
Foto 2 - A trupe sem Andy e Edie: Bob Dylan (Lisandro Bellotto), Ingrid Superstar
(Ravena Dutra), Gerad Malanga (Michel Capeletti) e Valerie Solanas (Alexandra Dias)

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Gostou? A Ingrid gostou e se ela achou bom eu já fico feliz hehehehehe. Uma última novidade que nem é tão nova assim. Sabe a Revista Eletrônica de Rock - Your Mother Should Know? Pois é, desde o início de Outubro eu estou escrevdno nela que é atualizada quinzenalmente. Já tem aquele texto que eu tinha escrito sobre o Smashing Pumpkins (com poucas alterações) e uma resenha sobre o último disco do Primal Scream (escrito de última hora, legítimo tapa-buraco, mas não ficou tão ruim assim). Visita lá que é bem legal. Eu já acesssava antes mesmo de escrever para eles. O link tem na minha lista ali do lado, mas como eu sei que tem gente que têm preguiça de procurar eu ponho aqui de novo: Revista YMSK.

I guess I'll see you later...

2 Comments:

At 2:46 PM, Blogger Aju said...

To dando aquela visita no seu blog =]
Otima semana
bjos

 
At 6:38 PM, Anonymous Anônimo said...

Oi!!!

Vc podia competir d eigual p/ igual com o Zeca. O livro dele é bem legal. Massa ver o lado fã dele.
A gente não foi no cinema, pois eu tava sem dinheiro, heheh, mas foi legal. Sempre é bom conversar com a Bergman!

 

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