segunda-feira, novembro 13, 2006

Can't Even Tell

"I may never get what I want
But I'm happy just to die trying
And I hope I ain't done nobody wrong
But I miss you smiling
And I'm looking for a cure cause I'm bored to tears
And I'm stuck in here, stuck out here, stuck in here
We lived through another day
It's a good excuse to celebrate
Take a number knock on wood
We'll find a reason to feel good
I know you know I wanna know how I feel
I can't even tell
No one knows nothing about me
I'm guessing I'll just keep 'em guessing
No one sees what I see
This is my blessing
And I'm looking for a way to get out of here
Get me out of here, out of here, out of here
We lived through another day
It's a good excuse to celebrate
Take a number knock on wood
Find a reason to feel good
I know you know you wanna know how I feel
I can't even tell
I'm out of here, out of here, out of here
I know you know I want to know how I feel
I can't tell
I know you know I'll tell you if it's real
It sounded like a bell
I can't even tell
I can't even tell"



Tradução

Sem mais xingamentos. Nesta última semana recebi mais puxões de orelhas do que se eu somasse a minha vida inteira. Então atendendo a pedidos, depois de um bom tempos em atualizações, resolvi obedecer.

No início do mês ocorreu um evento na PUC chamado Set Universitário. Além de palestras e oficinas também há uma amostra competitiva de trabalhos na área da Comunicação Social. Eu inscrevi alguns trabalhos que tinha feito nos últimos semestres, quase que de brincadeira e também por influência de outras pessoas. E não é que acabei ganhando o prêmio de melhor artigo?!

A música "Can't even Tell" do Soul Asylum foi escolhida a dedo, porque não só essa é a banda que faz a trilha sonora da minha vida mas também porque eu "nem posso explicar" qual foi a sensação de ouvir meu nome sendo anunciado como vencedor. Para se ter uma idéia, eu não lembro de nada que aconteceu entre o momento que me chamaram até eu fazer todo o trajeto até o palco pra receber o prêmio.

Então, sem mais delongas, aqui está meu artigo vencedor. Ele foi publicado no Jornal da Manhã que foi feito na disciplina de Produção em Jornal, semestre passado. E por incrível que pareça não é sobre música, e sim sobre política. Lá vai...

*********

O retrato do caseiro que derrubou o ministro
por Lidiana de Moraes

“O senhor é um exemplo para os meus filhos”. Este foi o comentário da senadora Heloísa Helena (PSol – AL) durante o depoimento na CPI que ocorreu no dia 23 de março. O exemplo em questão é o caseiro Francenildo Santos Costa, o responsável pela queda do até então “inabalável” ministro Antônio Palocci.

O caseiro foi a principal testemunha no processo que culminou no dia 29 de março com o afastamento do ministro da Fazenda e também do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. Mas quem é este brasileiro que denunciou um dos nomes mais poderosos do governo Lula?

A participação de Francenildo na CPI foi o ponto alto de uma série de denúncias feitas pelo delegado Benedito Antônio Valencise e do motorista Francisco das Chagas Costa. O papel do caseiro na atual crise do governo vem sendo comparado com o vivido por Eriberto França, o motorista que detonou o esquema PC Farias.

Nildo, como é conhecido, chegou a Brasília em 1995, como tantas outras pessoas buscando uma vida melhor. Em 1999, indicado pela patroa de sua mãe, foi trabalhar na casa localizada no Lago Sul da capital, que sete anos depois ficaria conhecida como a “Mansão dos prazeres”.

Quando a casa onde trabalhava foi alugada, Santos Costa passou a trabalhar para um grupo de Ribeirão Preto formado por nomes como Rogério Buratti, Vladimir Poletto e Ralf Barquette. Estes eram responsáveis pela organização de reuniões e festas que misturavam negociatas políticas, churrasco e garotas de programa.

Francenildo é a representação da maioria dos brasileiros: “Pensei que era um pessoal honesto e depois vi toda esta sujeira. Pessoas assim não deveriam estar em cargos importantes”. Além do caseiro, trabalhavam na residência o motorista Francisco das Chagas Costa, uma empregada e mais duas funcionárias que eram pagos sempre com dinheiro tirado da maleta que Poletto carregava.

Antes de Francenildo aparecer, Palocci negava ter comparecido a essas “reuniões entre amigos”. Mas o caseiro confirmou as visitas do ex-ministro, chamado de “chefe” por seus assessores, sempre em um carro Peugeot prata e com os vidros pretos, e não se deixou intimidar pelas pressões da base governista: “Eu não sou nada perto dele. Mas ele está mentindo”.

Ainda na tentativa de desacreditar o depoimento de Francenildo, seu sigilo bancário foi quebrado, revelando grandes depósitos de dinheiro que teriam sido feitos pela oposição para comprar seu testemunho. Indignado pela invasão que sofreu o caseiro pergunta: “Por que não pegam o cartão do chefe e tiram um extrato?”.

Desta forma foi divulgada a história pessoal do caseiro. A sua mãe, Dona Benta Maria Santos Costa, então com 15 anos, teve um caso com o empresário Eurípedes da Silva. O dono de linhas de ônibus no Piauí não quis assumir a paternidade do filho que conheceu quando ele já tinha 14 anos. Em dezembro de 2005, Francenildo decidiu entrar na justiça pedindo um exame de DNA. Temendo a reação da família ao saber do filho fora do casamento, Eurípedes propôs um acordo ao caseiro. Assim entre janeiro e março foi depositado em sua conta na Caixa Econômica Federal um valor próximo a R$ 38 mil.

Francenildo, além de religioso e palmeirense, demonstrou ter muita coragem ao envolver o principal ministro do governo e seus assessores de Ribeirão Preto com o crime e o abuso de poder. Agora quem teme as represálias é sua mãe: “Peço ao presidente que não faça nada com meu filho”. Dona Benta não devia se preocupar, de acordo com o presidente Lula, seu filho é apenas “um simples caseiro”.

********

Era isso... eu volto... talvez com listas... talvez com um conto que estou tentando acabar faz dias. Na verdade se eu publicar este conto vais er por influência de um amigo que me mandou deixar de ser besta e colocar meus textos à luz... só digo que é um conto meio diferente, quase como um jogo em busca de referências. Mas quando ele aparecer por aqui explico melhor.

Tem texto meu na Revista YMSK, dessa vez sobre Tim e Jeff Buckley, com direito a erro de cálculo matemático (que vai ser arrumado) causado pela minha digitação tosca.

I guess I'll see you later...

10 Comments:

At 4:40 PM, Anonymous Anônimo said...

AEEEEEEE Lidi! Que tri essa coisa do prêmio..quer dizer, isso aconteceu mesmo né, não foi mais uma estória que tua mente prodigiosa criou, né? Senão você poderia até inscrever ESSE texto em algum concurso hahaha
To brincando, tô brincando.. o que você tá fazendo com essa faca na mão, Lidi? Larga disso, guria! Eu tava brincando, já te disse, ah pára ah ahhhhhhhhhhhhhhhh
Parabéns, guria!

 
At 4:41 PM, Anonymous Anônimo said...

O Anônimo sou eu, viu Lidi.. rsrs na pressa nao botei o nome..

 
At 9:56 PM, Blogger Marcella ﻬ said...

Finalmente. Muito bem feito. Mas eu me lembro do teu trajeto e da tua cara quando ouviu teu nome!!!! O máximo.

Voltando...
Sim, eu comecei a visitar a YMSK quando descobri que a senhorita e outros que gostam escreviam lá. Vi e link no teu MSN e volta e meia ando por lá. Por sinal, vou lá ler sobre os Buckley agora.
Mas mesmo assim obrigada pela pré-ajuda com os links, que a Ingrid acabou me ajudando a colocar. Sim, foi o show. E a cerveja ingerida. Deve ter sido...ehhehehe
E é amanhãããã!!!!

 
At 10:08 AM, Anonymous Anônimo said...

Ótimo. Adorei. Texto digno de premiação acadêmica e, na minha precária opinião, publicação. (quantos "ão")
Deves escrever mais na esfera socio-política-econômica. Quando tu não tens envolvimento emocional com o assunto, consegues melhor fluidez, clareza e objetividade. Não identifiquei nenhum clichê grosseiro ou sentimentalismo tendencioso.
Minhas honestas congratulações, pequeninha.
Beijo.

 
At 3:30 PM, Anonymous Anônimo said...

Nossa...
Texto muito bem escrito, não é à toa que textos seus estão na YMSK, sempre estou por lá!!
=)
Gostei muito do seu blog!!

 
At 4:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Te achei em uma comunidade do orkut!!
=]
E quanto ao "não parecem ter escritos por alguém com apenas 16 anos", mas eu gosto disso!! Amadurecer a cada dia, isso é sempre bom!!
Obrigada pela visita!!

 
At 8:56 PM, Anonymous Anônimo said...

vou pensar numa coisa pra escrever e volto! hah!

 
At 10:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Merecido Lidi. Eu já ganhei um prêmio num Festicom, com u mtexto chamado: Os filmes que os professores adoram passar e os alunos odeiam assistir. Quase um texto, ahaha. Falei com a Ingrid. Ela fez o mesmo relato Lidi. Esse povo que se diz alternativo é um saco!!!! Por que eles não respeitam nada. Nem eles próprios.... Valeu pelo apoio moral... Bjos

 
At 12:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Enganchando... sobre o povo alternativo: acho que são pessoas que querem ser aceitas... e encontram aceitação dentro de um grupo lá específico. Todo mundo quer ser aceito... dum jeito ou de outro... mas o fato é que, quanto mais se fecha as portas (mais específico e preconceituoso se é, com relação aos outros e aos gostos dos outros), mas difícil se torna a aceitação... ou seja lá o que for. É bem difícil lidar com esse tipo de pessoa mesmo.

Agora, Lidi: o teu texto não é de uma estudante de jornalismo; é de uma profissional que parece estar a muito tempo na labuta! Há! *;)~

desculpe ter viajado um pouco ali em cima

beijos!
Sim, eu pago pau!

 
At 8:20 PM, Anonymous Anônimo said...

Lidi, quer votar em mim de novo?

Pede para a Ingrid tbém votar1!!

Abs

 

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